La reviver
Ela o abraçava com tanto carinho, o tocava com o mais suave dos toques, sentia-se estremecer de amor a sua pele, e quanto mais ela o tocava mais ele suplicava o perdão, o perdão aos ímpios não será concedido.
Levemente escorreram as lágrimas cristalinas do rosto de quem o tocava e deslizava calmamente uma navalha por sobre sua pele suada de pavor, e quanto mais a loucura se espalhava, mais ela emocionava-se, e quanto mais a loucura gritava, mais à ensurdecia, e mais e mais, cada vez mais ela sentia-se tomada por uma emoção indescritível, o estado de choque era visível, e mesmo assim ela permanecia ali, deslizando a navalha por sobre um corpo alheio, por sobre uma vida que nunca mais à veria de novo, e pensava se um dia em que por mais distante tivesse sentido ódio, mas não, ódio leva a atos insensatos, e aquilo era sua droga, quanto mais ele gritava, mais emocionada a deixava, era uma sinfonia inaudível aos ouvidos inapurados, era um toque a mais bela das flores, era a beleza se encontrando com o oculto. E novamente a calma reencontra o recinto, e não mais havia sinais de emoção ou sentimento, a dose havia chego ao fim e era hora de jogá-la fora