[Mcfly] Alguém Como Você - Capitulo 2
Kate Judd
Em resumo, as entrevistas foram um fiasco. Primeiro, os garotos tinham medo do Tom. Segundo, nenhum me agradou de verdade. Meus amigos tentaram me consolar dizendo que acharíamos alguém, mas sinceramente, estou quase desistindo.
- Acho que vou desistir. – Declarei aos meus amigos. – Sério! Não me aparece uma alma decente nessa escola.
Eles assentiram com a cabeça, sem mais saber o que dizer para me ajudar.
- Cheguei a tempo? – Ao ouvir a voz de Dougie Poynter engasguei com meu próprio ar. O que esse garoto quer? Mesmo sem convite, sentou-se na cadeira a minha frente. – O que foi?
- O que você está fazendo?
- Entrevista pra ser seu namorado? – Respondeu, no seu melhor estilo capitão-óbvio de ser. – Diferente dos fracassados que passaram por aqui, serei bem direto. Por 50 dólares mensais, te namoro e deixo o babaca... – Apontou para Bill. - Com todo o perdão ao Bill, do seu ex louco de ciúmes.
Gargalhei alto e debochadamente. Isso só pode ser piada com a minha cara. Pagar pra namorar o POYNTER.
- Kate... Eu não me lembrava disso, mas Tom odeia o Dougie. – Bill revelou, analisando a proposta do loiro. – Sem dúvidas se você o namorasse...
- Não! – Exclamei, firme. Dougie revirou os olhos, impaciente. – Ele... Não. É amigo do meu irmão.
- Isso é simples. É só o Harry não saber. – Marienne falou. É claro que ela tá toda derretida pela beleza irritante do Poynter. Até eu que não o suporto tenho que admitir que ele é um gato.
- Seria uma boa. – Olhei meus três “amigos” não acreditando que eles apoiavam isso.
- Tá, eu vou te fazer umas perguntas rápidas.
Entrevistei Dougie perguntando coisas básicas sobre a sua vida. Ele foi o único que também me perguntou intimidades, justificando (o que é o certo) que também precisava saber sobre mim pra soarmos convincentes aos olhos dos outros e principalmente o do Tom. Se ele realmente odeia o Poynter como Bill dissera, esse namoro vai ser perfeito. Acrescentei também que não teríamos nenhum tipo de intimidade caso não fosse necessário, o que o fez me olhar como se eu fosse retardada. Ué, vai saber! Não dá pra gostar desse Poynter, sério.
- E então? – Perguntou ele, ansioso. Eu ainda o olhava fixamente, tentando compreender porque diabos resolvera se candidatar a isso. – Vamos, Kate! Minha vida não gira em torno da sua.
- Tá, você é o escolhido.
Ele não comemorou, apenas se limitou a sorrir arrogantemente. Será que dá tempo pra mudar de ideia? Grrr!!!
- Quando começamos? – Perguntou, quando selamos o acordo com um aperto de mãos.
- Amanhã, Poynter. Eu vou passar na sua casa. Não se atrase.
E então ele saiu da sala, se despedindo com um sorriso galante as minhas amigas e um aceno formal de cabeça ao Bill. Ok, a escolha foi boa, mas nada me sai da cabeça que ele tá aprontando alguma coisa.