Na sua pele. Cap. 2.

N/a: obg, pelos coments. Muito feliz ! :]

Capítulo 2. – É a vida às vezes é mesmo uma droga!

POV Débora.

Eu estava praticamente convicta, pela milésima vez, que ele era o motivo de eu continuar respirando. Suportando as dores e sofrimentos da minha terrível vida. Era quase impossível de acreditar que num colégio como o Objetivo, a pessoa mais perfeita do mundo estudasse.

Eu sabia que era só mais um dia comum. Eu só o fitava à distância, e aquilo não poderia soar mais irresistível.

Daniel Moraes.

Simplesmente o garoto, mais lindo, perfeito, e inacreditável do mundo. Bem ali na minha frente,bom, na frente, quer dizer, há uns 10 metros de mim. Mas é claro que ele não tinha a mínima noção do quanto eu o observava.

Conversando com os amigos, sua voz que tinha um timbre tão agradável e ao mesmo tempo irritante, que provocava arrepios hiper constantes em cada extremidade do meu detestável corpo. Não estava ouvindo já que ele estava longe, mas era quase como se pudesse. Eu poderia ouvir reconhecer aquela voz dentro de uma multidão. Ela era o motivo de eu estar ali, viva.

Ele tirou o boné preto e vagabundo, que ele insistia em usar para cobrir o cabelo bagunçado. Eu daria tudo o que tinha para ter aquele boné para mim, só pelo fato do Dani usá-lo todos os dias. Ele ajeitou um pouco o cabelo da cor castanha mais magnífica que existe e depois recolocou-o. Sorrindo da forma mais doce e perfeita que consigam imaginar.

Dani andava sempre com um sorriso, sempre!

Ele ficava tão lindo conversando ali com os amigos. Os olhos castanhos reluzentes ficavam melhor no sol, brilhantes, preciosos.

Mal pude reter meus suspiros.

Antes dele entrar no colégio, eu nunca achei que faria o tipo de garota que suspiraria atrás de um livro pelo garoto mais lindo e popular da escola. E mais velho, ele está no Segundo Ano. Eu era a nerd mais imperfeita do mundo. Só que nesse ano, mais uma novidade. A nerd mais imperfeita do mundo, apaixonada. ÓTIMO. Ainda só porque o garoto que eu amo, nem sabia o meu nome, me ignorava e minhas chances com ele, bom eram de aproximadamente 0,00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000001%

Mas quem disse que eu ligava?

Daniel tinha se tornado todo o motivo da minha sobrevivência. De eu continuar me aturando. O meu único amor, para sempre.

D a n i & D é b s

Os nomes soam tão perfeitos! Mas, na realidade, eu perto dele, me sinto como...Bom, como você se sentiria ao lado da Gisele Bündchen? Ou do Leonardo Di Caprio?? MIL VEZES PIOR!!!!

Eu analisava-o, encostada no corrimão da escada do colégio. O boné vagabundo. Os olhos reluzentes e conquistadores. O sorriso intocável com algo de sarcástico...

Como eu queria ele para mim!

O físico PERFEITO escondido na camisa do colégio, o short escondendo parte de suas pernas atléticas. Tão incrivelmente lindo! Quase um Deus perto de mim.

Pelas minhas descrições toscas e vazias, ele nem parece tão PEFEITO!! Mas acreditem. Ele era o tipo de cara, mais popular e perfeito, que toda garota sonha todas as noites. O príncipe encantado que toda princesa quer...Hm, algumas gatas borralheiras, também.

Eu não conseguia tirar os olhos dele, quando ELA chegou. O motivo de toda a mudança no meu dia comum. O motivo dessa história.

Desviei um pouco o olhar de Dani, e reparei num aglomerado de alunos que apontava para uma Mercedes magnífica parada em frente da escola.

O carro não era do tipo que se via todos os dias. Era um carro lindo, comprido, preto, brilhante e importado. Estava parado na calçada, todo misterioso, com seu insufilme que eu provavelmente consideraria fora dos padrões da lei.

Aquilo foi suficiente para prender toda minha atenção. Eu tendo a ser muito curiosa. Não esperava que fosse um aluno ali dentro, pela classe do carro.

Mas eu estava enganada.

Segundos depois, eu enxerguei um pé. Incrível como só o formato concreto, mesmo que visto de longe, daquele pé coberto por um sapato de bolinhas fosse tão interessante e bonito. Logo após surgiu uma perna, não muito longa, ou curta. Na medida ideal. Coberta pela calça do uniforme do Colégio. A calça caia tão bem na pessoa que parecia até um manequim.

Depois, foi aparecendo a cintura impecável, com a camiseta do uniforme, na seqüência os braços da criatura que até o momento estava perfeita. Meus olhos observativos conseguiram ver os pelos fofos da cor loura que possuía no braço. As mãos pequenas e delicadas com um esmalte lilás, lindo, lindo. Envolviam um fichário da mesma cor. O eixo do contraste da camiseta com os seios da garota que saia do carro, tinham um caimento tão primoroso, que chegava a ser impressionante. Os fios agitados do cabelo, do tom do louro mais bonito que eu já havia visto, chegavam até a cintura da garota, e tinham um contraste exato com suas curvas. Eu já achava bonita, só pelo corpo, e olha que era muito difícil eu achar uma pessoa bonita só por seu físico. Eu já a achava sua beleza tão inacreditável antes mesmo de observar o rosto. Vi suas mãos batendo a porta do carro.

Até que finalmente vi o rosto. Com exceção do rosto perfeito de Dani, aquele era o rosto mais lindo que eu já tinha visto em toda a minha vida.

A beldade possuía as maças do rosto mais coloridas e fofas, que provocaria uma vontade imensa a qualquer um de apertá-las. O formato do rosto, era o mais desejado. A pele mais linda, que se estendia por todo o corpo também fazia questão de estar inigualável no rosto. Os cabelos esvoaçando louros e perfeitos em volta do semblante.

Os olhos. Ah. Aqueles olhos eram de por inveja em qualquer um. O tom

de azul, mais puro, completo dissolvido, doce, concreto, lindo e inimaginável. As orelhas, sobrancelhas. Tudo parecia ser perfeito naquele rosto.

Nenhum excesso, uma verdadeira obra-prima.

Achei que eu estava babando. E POR UMA GAROTA AINDA POR CIMA!

Ela se movimentava. Percebi que muitos assim, como eu, a observavam, uns curiosos, outros meio hesitados, outros pervertidos. Quem ela era?

Bem, sem dúvidas, o centro das atenções. Olhei mais para o lado, e vi que Dani também parecia notá-la.

Há um segundo eu sentia admiração.

Agora, eu sentia inveja da perfeição da garota. A garota que caminhava como uma modelo.

Demorou alguns segundos, muito reflexivos, até eu notar que seus olhos azuis apreensivos, estavam um pouco aflitos, e que seus passos...Estavam na minha direção.

Ela estava caminhando até a mim!!!???

Era só o que eu precisava.

É, a vida às vezes é mesmo uma droga.

Aposto que ela vem me humilhar.

Vamos ver.

POV Annabelle

Eu não achei que ficaria tão nervosa quando saí do carro. Mas todos os rostinhos curiosos e impecáveis me fitavam, como se me condenassem. Alguns olhavam também o carro. Eu sabia que o carro era demais, mas nem isso os fazia parar e olhar para mim. Muito adventício.

Persegui cada um dos rostos, e fitei uma garota. Ela parecia não conseguir parar de me olhar, como todos os outros. Mas havia algo de diferente nela.

Ela não era feia. Foi como se eu pudesse enxergar uma beleza nela, que os outros não viam, por trás do jeito acabado e das expressões desgastadas que ela tinha. Eu gostei dela. Sim, ela era meio nerd. Mas eu gostava de amigos assim. São os mais sinceros. Eu talvez pudesse ajudá-la a se arrumar melhor. Estava claro que ela não era satisfeita com sua aparência. Apesar de ser uma garota relativamente bela.

Desviei os olhos dela um pouco, para me olhar num espelhinho. Estava bom. Olhei mais um pouco, o meu carro desaparecendo atrás de mim. Rubens tinha se despedido e me desejado boa sorte. Motoristas eram bem conselheiros. Conforme olhava os alunos, comecei a andar em direção A GAROTA, encostada no corrimão.

Mas duas meninas me pararam antes que eu pudesse dar dois passos.

-Como você se chama? – Perguntou a garota ruiva, os cabelos alaranjados com contraste aos olhos verdes.

-Annabelle. – Respondi. Ela fez cara de chocada, e a outra deu um risinho medíocre. – Belle.

-Eu sou Bridget Ferracini. – Respondeu, insuportavelmente mesquinha, o nome estrangeiro me fez revirar os olhos. Apostava que os outros pronunciavam Bridejéti. HSAUIHSAIUSHAUISH. – Brid. E essa é Camila

Souza. – falou, apontando para a garota morena dos risinhos, que tinha a franja emo lhe tapando o rosto.

-Olá, Brid. –Cumprimentei por educação, me abraçando ao fichário. –Camila.

-Oi, Belle.

-Me chama de Kmi. – Pediu a Camila, pela primeira vez, com sua voz fina e irônica. Percebi que cerca de umas nove garotas as observavam, como se fossem um grupinho.

-Ok. – Respondi, pronta para dar o fora.

-Espera, Belle. – Solicitou a Bridget. –O que você faz aqui? Você NÃO é da escola. – Aquilo era uma afirmação. E também parecia uma ameaça.

Franzi as sobrancelhas.

-Matrícula atrasada. Agora também estudo aqui. – Pontuei, rígida.

-Sérriooo? –Perguntou Camila.

-ÉÉ.

-Que classe você está? – Inquiriu Brid.

-1ºC. – Respondi de imediato.

Camila e Bridget, se entreolharam, depois assentiram uma para outra.

-Que coincidência! Nós também. – Comentou Bridget, meio metida.

-Legal.

-Escuta Belle, se precisar de umas amigas, alguém para apresentar a escola...

-Já conheço a escola. Obrigada. – Para que eu precisaria de amigas tão falsas e incrivelmente toscas?

Desviei-me delas. Com um pouco de medo por causa dos olhares. Alguns masculinos me deixaram constrangida, mas prossegui.

A garota ainda estava lá, e continuei indo até ela.

**

E agora? Continua?

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 27/06/2010
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T2344352
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