Na sua pele. Cap. 1

N/A: Olá leitorea queridos! Para quem lia a agrota em apuros, lamento, mas não tem chances de continuar. Essa história já está quase concluída então sempre vai ter capítulos novos. Claro, não esperem todos os dias. De quinze em quinze dias ou uma vez por semana, COMENTÁRIOS ajudam muito! beijos, espero que gostem.

Lívia.

Na sua pele.

Prólogo: Olhei-me no espelho. Finalmente algo que eu gostava. O rosto da minha melhor amiga. Ou melhor ex.

Capítulo 1. – Debóra e Annabelle.

POV Débora

Quando acordei naquela manhã 6h e 15 min, não achava que ia aparecer alguma coisa especial no meu dia. Meu quarto apenas oco, silencioso e vazio. Desci da cama com desanimo, tentando não tropeçar nos próprios pés. AH, chegará a pior hora do meu dia. Hora de se olhar no espelho, Debs. Porcaria. Entrei no meu banheiro, e me olhei no grande espelho atrás da porta. Como sempre, uma verdadeira droga! Meus cabelos, se é que aquilo poderia ser chamado de cabelo mesmo (uns tufos de cabelo embaraçado cacheado, espalhados de um lado para o outro). Os mesmos olhos cinza, agora tão fechados e diminuídos pelas olheiras que os deixavam mais horrendos. Os dentes cobertos pelo aparelho. Não dei trégua para o cabelo não. Amarrei-o, em um rabo de cavalo torto e bagunçado. Ficou ridículo, admito. Mas não tinha o que fazer. Arranquei as roupas, evitando a figura nua no espelho. Se ver-me com roupas já era ruim imagine sem elas. Eu não era digamos o que se poderia chamar de gostosa. E os seios eram PEQUENOS demais para o gosto de qualquer garota. Um lixo.

Liguei o chuveiro e deixei a água me banhar. Feliz pela água existir. Respirei algumas vezes, pensando no motivo do porque eu tinha que ser eu, e tomei o banho às pressas.

Quando vesti o uniforme ele me deixou mais gorda do que uma das minhas outras roupas deixaria, mas eu ignorei. Tentei traçar meus olhos com o lápis da minha mãe, mas acabei desistindo e lavei cara de novo para ver se as olheiras sumiam. Negativo. Ó droga. Uma presilha no cabelo não ajudou em nada quando se tratava de controlar minha juba. Ficou pior do que sem. Ignorei. Vesti a jaqueta, e sai do meu quarto.

O café da manhã estava na mesa da cozinha apertada do meu apartamento. Comi tentando evitar os pães, afinal eu não queria correr o risco de engordar, mas não adiantou nada. Beijei o rosto da minha mãe que comia comigo. Fui para o banheiro principal da casa e escovei os dentes, por causa do aparelho.

-Mãe, já vou para escola. –Alertei, pegando a chave do apartamento e colocando a mochila nas costas enquanto abraçava o fichário.

-Tudo bem Debs, querida, estarei te esperando para o almoço! – Exclamou ela da lavanderia.

Enfiei a chave na fechadura, e girei a maçaneta em seguida. Depois fechei. Desci os dois lances de escada, rápida.

“Mais um dia de luta.” Consolei-me por pensamento, enquanto saia do condomínio para ir para escola. Objetivo, Sorocaba. O primeiro ano do Médio.

*~~*

Débora Richelli era uma garota de 15 anos, tímida e doce, mas com um coração meio invejoso e perverso, resultado das feridas ao longo da vida. Morava sozinha com a mãe, pintora, o pai havia morrido há anos atrás. Vivia em Sorocaba, num condomínio fechado, e não tinha nenhuma amiga na escola.

*~~*

POV Annabelle

O sol que entrava pela fresta da janela foi o suficiente para me acordar naquela manhã gostosa. Ainda era cedo, 6h e 15 min. Me espreguicei na cama, mas tinha sede pelo dia que teria. Acabara de me mudar para Sorocaba, e seria meu primeiro dia no colégio, a diferença é que eu entraria em agosto. Mas isso não fazia muita diferença. Meus olhos percorreram todo o meu quarto. Agradeci à Deus por tudo de bom que ele me dava, todas as crianças sem teto, e eu com um quarto gigante, que poderia abrigar umas 20.

Vesti minha pantufa cor de rosa e dei uma longa caminhada até o meu banheiro, ainda de pijama. Sorri para mim mesma no espelho. Eu gostava do meu sorriso. Tinha covinhas bonitinhas. Meus olhos azuis cintilaram com o tanto de sol que entrava pelo banheiro. Deixei o cabelo preso, para que eu pudesse tomar banho. Já que estava com tempo, enchi a banheira. Seria mais emocionante. Os sais de banho deixavam o ar cheiroso. Fui tirando o pijama, lentamente, e me olhando no espelho. Eu realmente tinha sorte com isso pois por mais que eu comesse ainda permanecia com um corpo saudável, bonito.

O banho na banheira foi longo, e satisfatório. Porém me invoquei que tivesse molhado as pontas de meu cabelo. Tinha que ser tão grande. Alcançava a cintura, liso, louro-claro, e brilhante. Sequei com o secador roxo, as pontinhas. Envolvi-me na toalha e depois vesti o uniforme, que me deixou muito bem. Saí do banheiro e migrei para a penteadeira. Fiquei apreciando meus longos e grossos fios, e comecei a abrir todas as minhas caixas com tudo aquilo que mulher adora!

Maquiagem.

Um banho de rímel, pó, blush, sombra, glitter, batom.

E apesar de tudo isso ainda gostava de mim sem maquiagem. Mas tinha ficado bom.

Vesti uns sapatos de bolinha bonitinhos, e peguei a bolsa roxa com os materiais escolares, para combinar com o lilás de minhas unhas.

Desci a enorme escada da minha casa, e na sala de estar, Lurdinha, a empregada doméstica já tinha colocado a mesa do café.

-Bom dia, Lurdinha. – Cumprimentei, alegre com o dia que tinha tudo para ser perfeito.

-Olá, Srta. Annabelle. – Respondeu ela, com seu sorriso envelhecido e as rugas no rosto simpáticas.

-Eu já disse que é só Belle.

Ela sorriu calorosamente.

-Tudo bem senhorita, Belle. –Disse ela, pegando uma vassoura para lustrar ainda mais o chão.

-Hmmm...Isto tudo parece estar uma delícia. – Comentei. Servi-me de uma maçã com aveia, e um copo de suco. Não satisfeita, tomei um iogurte e comi metade de um pão francês com margarina.

-Senhorita Belle, mas tu é magra de azar, heim? Come que vixe Maria Santíssima. – Exclamou Lurdinha assim que eu terminei.

Eu ri.

-Eu sei Lu, vai ver eu tenho sorte. – Dei mais um sorriso palpitante.

Escovei os dentes no banheiro básico. E dei mas uma ajeitada no cabelo.

-Rubens, estou pronta para ir à escola nova. – Avisei ao chofer. – Lu, avise a mamãe quando ela acordar que estou bem e já fui para escola.

-Pode deixar, Senhorita Belle. – Certificou-me Lurdinha.

Acenei para ela, e saí pela grande porta branca. Rubens estava lá, todo - todo. Sorri para ele e entrei no carro.

Objetivo, lá vou eu.

*~~*

Annabelle Kouren é uma garota muito alegre e perfeccionista, que causa inveja a qualquer olhar humano por sua beleza anormal. Tem 15 anos. Seu pai é médico e sua mãe advogada. Ambos compraram uma mansão em Sorocaba, cidade que vieram morar recentemente.

*~~*

Continua?

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 22/06/2010
Reeditado em 23/07/2011
Código do texto: T2335414
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