Quando não se procura.

Às vezes perdemos alguma coisa, procuramos, procuramos por dias e nada, parece que se perdeu no infinito, chegamos a desconfiar se realmente perdemos, mas quando desistimos de procurar a tal coisa, ela aparece.

Não seria assim também com o amor? Não se trata de perdê-lo, mas sim de achá-lo sem estar procurando ou até mesmo saber se ele existe.

Você sai à noite, acha vários beijos, vários abraços, várias carícias e emoções, vive aquele momento, corpos entrelaçam-se à procura do prazer, sem se pensar no amor. O dia amanhece e tudo que foi sentido, passou-se junto com a noite. E você sabe que outras noites como a passada sempre terá. Volta a sua realidade, foi saciado em mais uma noite de prazer e mais nada, sua busca inconsciente do que não está procurando continua.

Uma outra noite você sai sem maiores pretensões, quando de repente você acha o amor, mas você não estava procurando, pelo menos conscientemente, esse deve ser o motivo pelo qual ele foi encontrado. Porque se você procurá-lo, como acontece com quase tudo em nossas vidas, ele não aparece, não adiante forçar, querendo que ele apareça, frustrar-se quando ele não vem, às vezes na pessoa que você quisesse encontrá-lo. Só que agora você foi pego, não há o que fazer, até há uma resistência no início, porque não se sabia que queria e muito menos que foi pego. E como conceber tal situação, você mal conversa, mal se olham e se sente atraído.

Você só começa a perceber quando a pessoa não está perto, e porque não está perto sente falta, e sente falta porque já não mais se consegue estar longe, e só está longe porque não pode estar perto, e quando está perto, não quer mais ficar longe.

Você não procurou, mas ele o achou, você foi o escolhido, e agora está perdido por ter sido achado pelo amor, pela paixão em forma de brilho, brilho do olhar e do sorriso de uma linda mulher, que trará sentimentos jamais experienciados para sua vida, que vivia de momentos fugazes. Mas agora não há como fugir, a única fuga possível é para os braços dela que o estará esperando, para dar-lhe essa fuga em seus abraços ternurosos e cheios de vida.

Mas como aceitá-lo? Como admiti-lo? Porque vivê-lo? Não pense, aceite-o, admita-o, viva-o, deixe-se ser levado, dê a mão a pessoa amada, que ambos serão conduzido pela força do amor, só ele saberá o que vai fazer, só ele saberá o que vai acontecer e você que nunca amou, será feliz de uma forma que jamais supunhas que pudesse ser.

luiz cláudio machado
Enviado por luiz cláudio machado em 16/04/2010
Reeditado em 16/04/2010
Código do texto: T2200917