Amor virtual
Segunda-feira sempre foi o pior dia da semana pra mim, porque a gente vem do fim-de-semana, geralmente, bem cansado e sabe que na segunda começa tudo de novo, lá vem o cotidiano!
Mas isso mudou na minha vida, desde o dia que resolvi visitar uma “sala de bate-papo”, entrei, comecei: oi, tudo bem? Como vai? Até alguém me dar atenção, de repente surge um “oi”, não lembro qual era o “NICK” que ela usava, começamos a conversar, as mesmas perguntas de praxe, ”TC” de onde? Idade? e assim foi até chamá-la para o “MSN”, quando entramos, tive uma linda visão, a foto de uma mulher maravilhosa, Rosana. Acabei de conhecê-la e já penso o que ela pode representar na minha vida.
Agora fico louco para que a segunda chegue, para que eu possa chegar ao meu trabalho, ligar o meu “PC”, entrar no “MSN”, na expectativa de que ela esteja “ONLINE” me esperando, para que possamos “TC” e matarmos nossas saudades, como é bom encontrá-la , falar-lhe como foi meu “FDS” e perguntar como foi o dela. De onde veio essa mulher, ou melhor, onde ela estava, estava rima com Itauva, é perto, mas esse não é o lugar, o lugar é Campos, e que felicidade dessa palavra ser escrita no plural, Campos dos sonhos, Campos da alegria, Campos do amor, Campos de Rosana, uma mulher que chegou a minha vida em “KB”, e agora encheu meu “HD” em GB, ocupando todos os espaços vazios, deixou minha “memória lenta e aumentou a freqüência do meu “processador”.
E assim vamos conversando semana a dentro, ela me perguntando coisas sobre mim, e eu respondendo e perguntando também, até chegar sexta-feira que, até então, era o melhor dia da semana pra mim, mas isso também mudou, sexta passou a ser o último dia que passamos “ONLINE”, isso me deixa “OFF”, porque sei que no fim-de-semana nossa distância aumenta, nossos meios de comunicação diminuem, esses dois dias de descanso, passaram a ser cansativos pra mim, uma vez que fico ansioso para que passem logo, pois os minutos viraram horas, horas eternas, sem a sua companhia virtual.
Entretanto, existem outros recursos tecnológicos, para nos deixarmos juntos aos sábados e domingos, o celular é um, tenho uma foto da minha “cyber-mulher” nele e passo essas horas infindáveis olhando e olhando sua imagem, e assim, vou passando, esperando, procurando na sua imagem me encontrar junto a você, enfim, a segunda chegou, o melhor dia da semana.
Autor: LUIZ CLÁUDIO MACHADO