Te mete?

(dedico àqueles que não conhecem meu lado atacado)

Bati palmas sentindo dor

Saí pra balada

E

Peguei

GRIPE

Doril?

Não sumiu

Apracur?

(Mas é pra gripe, dotô!)

Chazinho da vó, da mãe, de cadeira e

Nada

Cabeça zuada

Nariz, paladar, visão

Tudo no maior ‘nonsense’

Mas não me entrego,

Sigo

Convulsionando aqui e ali,

Febre das boas

Puro delírio

Uma varredura ao lado

Turvamente percebo

Um por todos e todos por um

Cadê o “todos”?

O Um t’aqui esperando a sua vez

Esperar

Esperar

Esperar

Quando criança achava este verbo virtuoso e nobre

Hoje dei pra ter pressa e achar a esperança um porre

Mas vamos, no ritmo de conversa chinesa

(Estes sinais devem ter alguma beleza)

Pirilampos, baratinhas, bicho gente e outros insetos,

Amanhã comprarei meu sonhado travesseiro

Feito com tecnologia da NASA

Quem sabe assim a cabeça vai de vez pro espaço E a vida fica leve!!!

vem, toma logo o meu beijo pra calar a minha boca!

Juliana Canezim
Enviado por Juliana Canezim em 18/03/2010
Reeditado em 21/03/2010
Código do texto: T2146454
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