O poder de ter um dom

Queriamos ter nos olhos o poder de ver o futuro, ter na mente o poder da genialidade, ter na boca o poder da sedução, ter nos pés o poder da velocidade, ter nas mãos o poder da justiça, ter no peito o poder da valentia de um bravo guerreiro.

Mas afinal, o que seria poder? Ver o futuro e acabar com as vidas? Ser um gênio e descobrir uma 'bomba atômica'? Seduzir e nunca se apaixonar? Ser veloz e nem ver a vida passar? Ser justo e coerente, e nunca errar? Ser um herói e morrer no final?

Talvez fosse melhor avaliarmos melhor nossos conceitos de poder, admitir que não criamos o poder, pelo contrário, que nós somos regidos por ele, e por suas consequências. Melhor ainda, seria se reconhecêssemos o que temos de bom dentro nós mesmos, e avaliar nossas qualidades como 'dons', e não como 'poderes'.

O ideal seria analisarmos a nós mesmos, e chegarmos a conclusão de que podemos ter nos olhos o dom da ternura, ter na mente o dom da persistência, ter na boca o dom das palavras, ter nos pés o dom de trilhar pela vida, ter nas mãos o dom do carinho, e ter no peito o dom de amar com o coração.

Jack Lorente
Enviado por Jack Lorente em 16/03/2010
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T2140745
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