[Mcfly] All About You - Capítulo 4
Capítulo 4 - Fight!
Tom Fletcher
Levei Melina ao melhor shopping da cidade, afinal, se a mãe dela quer deixa-la estourar seu cartão, quem sou pra lhe negar isso, certo? (Mesmo sabendo que vai sobrar pra mim ir pagar a fatura da Beth, mas tudo bem).
- Meu Deus!!! Aquela loja de sapatos é um sonho!! – Ela exclamou, apontando para a “Broken” uma loja de sapatos de primeira linha e então correu até lá.
- Ela é maluca. – Murmurei, meneando a cabeça. – Ei, Danny, enquanto a Melanie... – Olhei pro lado e vi que Daniel estava em frente a uma loja de vestidos. – Daniel!
- Esse vestido ficaria lindo na sua irmã... – Ele disse, observando um vestido rosa claro de alça fina. – Nossa.
- Eu juro que não estou ouvindo isso, Daniel!
- O que? Ah, Tom. Acho que estou apaixonado. – Dei um tapa em sua testa. – Ai, idiota!
Eu já ia iniciar um sermão daqueles, (não somente por Melina ser a “minha irmã”, mas por mais uma vez ele se apaixonar com facilidade) quando ouvi um grito estrondoso vindo da Broken. Eu fechei os olhos, desejando que não fosse Melina.
- Tom. – Danny murmurou, com leve urgência em sua voz. – Eu não queria dizer não, mas a Melina tá tocando o terror na Broken.
- Droga!
Corremos até a loja e minha irmã estava sendo segurada por um segurança. Ela tentava, a todo custo chutar a vendedora.
- Melina, o que foi? – Eu perguntei, me pondo na frente da vendedora.
- Essa vaca disse que não tem meu número! Meu pé é pequeno, Tom! Eu não aceito que não tenha meu número!
Olhei a vendedora e a mesma não parecia nem um pouco arrependida do que fez. Um homem, que pelo traje, certamente era o gerente da loja se aproximou.
- Peço desculpas pelo inconveniente, é claro que temos o seu tamanho.
O sorriso vitorioso de Melina quase rasgou sua bochecha. A vendedora não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha.
Ao – finalmente – voltarmos pra casa eu e Daniel tivemos que ir atrás e deixarmos Melina dirigir, pois mal cabíamos no carro. Ela comprou tanta coisa que eu tenho certeza que não conseguira usar tudo.
- Você ainda está interessado nela? – Eu perguntei, quando ela estacionou o carro e desceu, como se por acaso fossemos seus empregados.
- Hã, depois que eu namorá-la esse lado consumista dela será regrado.
Entramos a tempo de ver meu pai receber Melina com toda a educação do mundo. Eles trocam um aperto de mãos e sorrisos afetuosos. Meu pai não é de puxar muito assunto e a filha de Beth, muito menos.
Subi as escadas com Danny atrás de mim. Eu, naturalmente passaria direto pros quartos do fundo, mas ao ver as malas de Melina no meu quarto eu travei.
- Ai, Tom! – Danny exclamou, batendo em mim. E ao ver o que eu olhava, perguntou: - Ué, ela vai dormir no seu quarto?
- É claro que não! – Deixei as sacolas de Melina no meio do corredor e já me virei para descer as escadas, quando Beth saiu do banheiro. – Beth!
- Tom, eu sei, eu sei... – Ela já sabia que eu me negaria a dar o quarto, mas mesmo assim o fez. – É só até arrumarmos o outro quarto.
- Mas...
- Por favor, faça isso por mim?
Esse é o problema da Beth, se você dá o braço, ela quer a perna e se possível o pé também. E se eu reclamasse, meu pai se envolveria e com toda aquela irritante calma, me faria aceitar que o melhor pra nossa visitante era o meu quarto, etc, etc e etc.
- Você tirou as minhas coisas sem nem me perguntar? - Perguntei, não escondendo meu descontentamento. – Cadê o Garfield?
- Tá no quarto de hospedes... Aquele gato é muito mimado.
- Gato? – Ao ouvir a voz de Melina eu senti vontade de empurra-la da escada. Ela mal chega e já muda a rotina de todo mundo. – Eca.
- Tom tem um gato gordo e folgado, o Garfield. – Daniel respondeu, prestativo demais pro meu gosto.
- Espero não cruzar com ele. – Ela falou, agora olhando para mim.
Eu sorri com ironia.
- Eu digo o mesmo pelo meu gato.
Beth, ao sentir o clima pesado, segurou a mão da filha e a conduziu até o quarto. Daniel e espiamos o quarto. A maldita arrumou tudo enquanto eu buscava a demônio loiro da Melanie.
- Estou revoltado. – Murmurei, baixo.
- Amigo, a bola da vez é a Melina. Aceite isso.
Melanie Morgan
Depois de uma discussão calorosa com Tom (eu sei que provoquei ao jogar o violão dele no chão, mas beleza) eu finalmente pude aproveitar as regalias de ter o grande e espaçoso quarto dele só para mim. Era quase madrugada quando sai do quarto para tomar um copo de água e encontrei, justamente, com o loiro aguado. O problema era que Tom estava apenas de toalha cobrindo suas partes íntimas. Eu travei no meio do caminho, totalmente envergonhada, mas não deixei de reparar algumas coisas, como por exemplo, o fato de Tom ter tatuado no peito uma estrela e ter um físico atraente.
Não que isso tenha me atraído. Somos quase irmãos, mas...
- Espero que a sua estadia em minha casa seja muito boa, muito mesmo. – Desejou ele, numa ironia quase óbvia.
- Obrigada, Tom. Muito obrigada. E não fique triste, cuidarei muito bem do seu quarto.
Tom riu, balançando a cabeça negativamente. Eu mandei um beijinho cheio de poder pra ele, que passou, rumo ao seu novo quarto dos fundos.