A menina e o livro - Giselle Sato
Livraria. O mundo ao alcance das minhas mãos. Gosto de sentir a textura do papel e o cheiro que o livro exala. Exploro todas as minúcias até chegar ao conteúdo da obra.
Os lançamentos sempre me deixam curiosa. Adoro novidades, quero ver tudo e saber de todos. Sinto que as prateleiras me compreendem, vou tocando as capas e revendo autores. Reencontros e apresentações. Folheio com cuidado, leio um pedacinho e reservo.
Algumas mulheres preferem comprar roupas e sapatos. Eu coleciono lembranças, memórias em diferente formatos. Gosto de ter livros por perto: aqui em casa, vivem espalhados e as prateleiras da estante vazias.
Leio alternando os assuntos e gêneros. Mania antiga, de menina que lia Monteiro Lobato e sonhava em ser Emília. Tomei meu café expresso de praxe. Tarde perfeita.
Peguei as sacolas e ganhei as ruas. Recém saída do paraíso, percebi a menina franzina, olhos grandes e gulosos. Fascinada com a vitrine, sem pedir nada, talvez sonhando com as letras... Um impulso me fez retornar e buscar um infantil bem fininho e colorido.
Voltei com o embrulho e laços de fitas. Ela estava do outro lado da calçada. Com outras crianças, faziam tremenda algazarra. Entreguei o livrinho e saí apressada. Confesso que tive medo da reação contrária.
Que nada! A molecada fez a maior festa e foi passando de mão em mão. Riam do presente inusitado, mas todos queriam olhar, pegar um pouquinho... a garota toda orgulhosa, era o centro das atenções.
Minha livraria preferida, como sempre, despertando boas idéias e satisfação. Saí caminhando pelas ruas cinzentas, cheias de contrastes em cada esquina. Coração leve e sensação de bem estar.
Livraria. O mundo ao alcance das minhas mãos. Gosto de sentir a textura do papel e o cheiro que o livro exala. Exploro todas as minúcias até chegar ao conteúdo da obra.
Os lançamentos sempre me deixam curiosa. Adoro novidades, quero ver tudo e saber de todos. Sinto que as prateleiras me compreendem, vou tocando as capas e revendo autores. Reencontros e apresentações. Folheio com cuidado, leio um pedacinho e reservo.
Algumas mulheres preferem comprar roupas e sapatos. Eu coleciono lembranças, memórias em diferente formatos. Gosto de ter livros por perto: aqui em casa, vivem espalhados e as prateleiras da estante vazias.
Leio alternando os assuntos e gêneros. Mania antiga, de menina que lia Monteiro Lobato e sonhava em ser Emília. Tomei meu café expresso de praxe. Tarde perfeita.
Peguei as sacolas e ganhei as ruas. Recém saída do paraíso, percebi a menina franzina, olhos grandes e gulosos. Fascinada com a vitrine, sem pedir nada, talvez sonhando com as letras... Um impulso me fez retornar e buscar um infantil bem fininho e colorido.
Voltei com o embrulho e laços de fitas. Ela estava do outro lado da calçada. Com outras crianças, faziam tremenda algazarra. Entreguei o livrinho e saí apressada. Confesso que tive medo da reação contrária.
Que nada! A molecada fez a maior festa e foi passando de mão em mão. Riam do presente inusitado, mas todos queriam olhar, pegar um pouquinho... a garota toda orgulhosa, era o centro das atenções.
Minha livraria preferida, como sempre, despertando boas idéias e satisfação. Saí caminhando pelas ruas cinzentas, cheias de contrastes em cada esquina. Coração leve e sensação de bem estar.