Para que sejam amorosos

Nosso mundo precisa de amor intenso. Não de emoções fáceis nem de cinismo. Já temos muitos madurões cínicos, descomprometidos com tudo que não seja seu pequeno mundo egoísta.

Para amar é preciso ter coragem. Sim, é preciso ter muita coragem num panorama de individualismo e de descrença que presenciamos nesses tempos de frieza e de solidão.

E os mais habilitados para demonstrar essa coragem e essa crença necessárias são os jovens. Justamente aqueles que, de modo geral, são mais fáceis presas de líderanças cruéis, sem afeto para dar, estrelas de espetáculos gratuitos, de risos vagos e preconceitos abomináveis.

Nosso mundo precisa de jovens que deem vazão à sua sensibilidade, que amem as artes, as outras pessoas, a coletividade. Jovens de personalidade própria, que não se façam reféns de ídolos ocos. Jovens críticos, que assumam posições diante de fatos. Mas, sobretudo, de jovens amorosos, de quem possamos receber um sorriso franco e a quem possamos retribuir de peito aberto.