Adolescência maldita.

Minhas forças vão sumindo, e aos poucos eu me sinto cada vez pior, cada vez mais morta, mais estranha.

De onde tirar um sorriso quando o dia está chuvoso? Quando as núvens vem e vão?

Onde foi parar aquele meu dicionário de infância que dizia: isso pode, isso não. Não existe mais o certo e o errado, existe apenas e melhor e o pior. E eu tenho que descobri-los.

Por um instante eu queria voltar. Voltar não sei pra onde. Queria um lugar seguro. Queria me assegurar se que tudo ficará bem.

Minhas mãos tremem, meu corpo parece que vai cair, lentamente as coisas vão sumindo. E eu fico no meio da escuridão.

Não sou mais uma criança, apenas queria ser. Mas repito que não sou.

Deus! Onde estão aqueles meus sonhos que o Senhor realizou? Onde estão aquelas lembranças? Não acho-as.

Onde está o caminho? Qual o melhor caminho?

Adolescência maldita.

Daiane Lopes
Enviado por Daiane Lopes em 02/12/2008
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