"PSY, No ritmo do amor"

OLá eu sou a carla e quero contar-lhes uma história, uma história quente e cheia de ritmo que me proporcionou a noite mais feliz da minha vida e me ensinou a dançar pra valer.

Mas eu não sabia dançar, era uma completa pé de pato, mal sabia fazer o "dois pra lá, dois pra cá", mas até então isso nunca tinha me a

atrapalhado nem causado nenhum problema. Eu ia a festas com meus amigos e só ficava mechendo os pés, pra mim aquilo estava bom.

Mas foi na escola, quando conheci um carinha muito lindo, chamado danilo (danilinhu) que eu começei a pensar em aprender a dançar.

O danilo era muito fofo, era moreno, alto, forte e tinha um peito e uma boquinha que me faziam ficar de pernas bambas, ele tambem tinha um charme, um ar misterioso mas ao mesmo tempo provocante que era irresistivel. Eu nunca tinha conversado com ele e foi através de um amigo, João, que por acaso nos conhecemos. Passamos a conversar sempre e a cada dia que passava eu ficava mais derretida por ele.

Fiquei sabendo então que o João iria dar uma festa na casa dele e que o danilinhu ia, mas também descobri que ele dançava psy pra caramba, nunca ficava parado numa festa. E foi ai que começou meu problema, eu era mó perneta, como iria conseguir dançar com um cara que arrebentava geral? e eu tinha a intenção de ficar com ele naquela festa e sabia que só ia conseguir isso se dançasse com ele.

Então começei a me empenhar geral pra aprender a dançar psy, assisti a videos e tentei fazer igual, mas eu só conseguia chutar o chão e até cai de bunda no tapete da minha sala. Pedi ajuda então a minha melhor amiga, Alice, que sabia dançar, mas eis então um porém: "Carla, eu só danço funck". DROGA!!

Faltavam tres dias para a festa do João e a única coisa que eu tinha aprendido era dar três passos pra frente e cruzar, três pra trás e cruzar, e cá entre nós, isso na frente de um cara que manjava pra caramba nao queria dizer nada.

E foi na véspera da festa que eu encontrei o danilinhu no intervalo da escola ele me perguntou se eu ia para a festa do joão, eu nao soube o que dizer, na verdade ja estava pensando em não ir, eu queria muito ficar com ele, mas se nao aprende-se a dançar eu nao ia conseguir nem chegar perto, e provavelmente ia ter que ver outras garotas dando em cima dele.

mas eu respondi:

- não tenho certeza, talvez...

- ah, por que? pensei que voce ia.- falou ele com aquela voz charmosa que me deixava mole.

- mas por que tanto interesse assim?- perguntei esperançosa.

- porque voce é legal, gosto de voce, queria que voce fosse.

naquela hora tive que sufocar um grito de alegria, mas tenho certeza que meu rosto transpareceu tudo,porque ele disse.

- não fica vermelha não, voce branquinha é mais linda.

"aaaaaaaaaaahhhhhhhhhh!!!!!!!"

- ai, obrigada, mas desse jeito nao tem como eu nao ficar vermelha.- falei tentando nao gritar.

- mas e ai ,por que voce nao vai na festa?- perguntou ele.

- bom...é que...eu,- eu nao sabia o que dizer, como poderia dizer que era por causa dele que talvez eu nao fosse.

- se nao quiser falar tudo bem, nao tem problema.

- não, não é isso,- resolvi falar metade da história.- é que tipo eu nao sei dançar, to com medo de pagar mico, todo mundo dançando e eu lá mó perneta.

ele riu.

- nada haver, tem uma par de gente que não sabe dançar e vai pra se divertir, voce tá doida, deixar de dançar por medo de passar vergonha? ninguem tem nada a ver com isso nao, vai ser feliz! e além disso nao existe um modo certo de dançar, é só deixar a música rolar, sentir o clima, as batidas e deixar seu corpo fazer o que quiser, esse é o segredo!

Eu nao soube o que dizer, fiquei olhando para ele com cara de boba, eu nunca teria imaginado que ele fosse dizer aquilo, ele era mais maravilhoso do que eu havia pensado. Ele tinha que ser meu.

- eu vou a festa.- falei por fim decidida.- voce tem razão, nao vou deixar de viver por medo de pagar mico, o que vale é tentar.

- isso ai, ninguém é mais que ninguém, voce vai ver um monte de gente que nao sabe dançar lá, inclusive eu.

- ata, me disseram que voce dança pra caramba.

- conversa..., eu só mo pé torto.

- vamos ver isso amanha.

ele riu.

Na noite da festa eu estava mais agitada do que refrigerante numa lata, eu ja tinha me arrumado, uma coisa simples:um vestidinhu xadrez e uma sapatinha petra, uma maquiagem básica e um cabelo legal, e estava esperando a alice para irmos juntas, haviamos combinado as sete horas, ja era sete e dez e ela nao havia chegado, meu estomago estava revirando e eu tremia um pouco.

- que isso menina, que agonia, parece que vai casar!- falou minha mae quando eu eu fui espiar a rua pela janela da sala, pela décima quarta vez num minuto.

- a alice esta demorando, será que ela nao vai mais? ou será que ela me esqueceu? será que aconteceu alguma coisa?

- ora, se controla carla, daquia a pouco ela ta ai.

a campainha tocou.

- viu, olha ela ai.

A alice entrou por conta própria, usava uma bermudinha e uma bata rosa, estava bacana.

- mas que demora!- ralhei com ela.

- qual é, nao quero ser a primeira a chegar, num vo pra um casamento.

- eu estava tentando dizer isso a ela- falou minha.

- certo, sem mais demoras, vamos!

Mas não fomos as primeiras a chegar, a casa do João ja estava cheia, havia carros e motos na rua, muita conversa, luzes piscando e psy trance bombando nas caixas de som.

- deus, eu não aprendi a dançar.

- relaxa vai dar tudo certo.

- mas e se ele resolver dançar com uma garota que saiba mais e nem me dar bola?

- bom, uma hora voce vai ter uma chance voce vai ver, e acho que se for pra acontecer, vai ser pelo que voce é, nao pelos passos que voce sabe.

- é voce tem razão.

respirei fundo antes de entrar, eu sabia que uma vez lá dentro algo iria acontecer, fosse bom ou ruim e eu tinha que estar preparada.

O psy lá dentro fazia até o peito bombar, quase todo mundo estava dançando, a sala comprida havia sido esvaziada e se transformou numa grande pista de dança. Eu olhei para os lados procurando o danilinhu até que o encontrei, porém ele estava do jeito que eu mais temia: acompanhado. Ele dançava com uma garota loira de cabelos compridos que dançava muito bem.

Eu fiquei pasma olhando para ele, era verdade o que diziam, ele dançava muito, fazia passos inacreditaveis, deslizava com se estivesse no gelo, mechia o corpo como se nao tivesse ossos. E a garota tambem dançava legal, embora nao chegasse nem perto dele.

- e então, vamos dançar?- perguntou a alice, que ja se mexia no lugar.

- ah, eu nao sei...- ao ver o danilinhu com aquela garota fiquei com um nó na garganta e vontade de correr pra casa e chorar.

- a não, nao começa, voce veio e disse que ia dançar, sem frescura vai. eu te disse, uma hora voce chega nele.

- mas e aquela garota?- minha voz estava ficando embaça, eu estava com vontade de chorar.

- voce nem sabe quem ela é, aposto que nao é ninguem. qual é vamos lá, se voce quiser ao menos atrair a atenção dele tem que fazer alguma coisa, nao pode ficar aqui parada.

Eu olhei para o danilo de novo, ele a garota realmente nao estavam com cara de quem estava junto, então resolvi arriscar.

- certo, vamos dançar.

Fomos para o meio do pessoal, a alice logo começou a se mecher daquele jeito sensual que ela sabia fazer, e eu fiquei lá, mechendo meus pezinhus, me sentido meio perdida, sem saber o que fazer. Eu tentei fazer alguma coisa, dei os tres passinhos para frente e cruzei, tres para trás e cruzei, a alice fez um gesto de aprovação com a cabeça.

- continue assim.- disse ela.

Um garoto bonito pegou ela pela mao e a chamou pra dançar e então eu fiquei ali sozinha, no meio daquele monte de gente que sabia dançar, que estava acompanhado, se divertindo, e eu ali, sozinha e perdida no meio de todo mundo, olhando para os lados para ver se encontrava alguém, pensando que nunca ia conseguir ficar com o danilinhu, um nó se formando de novo na minha garganta, meus olhos se enchendo de lágrimas, um aperto foi crescendo no meu coração, eu engoli em seco, e senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

Então olhei para o lado e vi o danilinhu, ele vinha na minha direção, sorrindo, dançando, fazendo uns passos que nem sei descrever, ele parou na minha frente e continuou dançando e sorrindo, eu parada olhando pra ele.

Então ele me puxou pela cintura, colou meu corpo ao dele, senti meu rosto arder como brasa, então ele murmurou no meu ouvido:

- sente o ritmo e deixa seu corpo fazer o que quiser.

Então eu fechei os olhos, deixei as batidas entrarem pelos meus ouvidos e ir até meu coração, meus pés começaram e se mecher, era impossivel ficar parado, senti o corpo do danilinhu se mexendo na minha frente, as mãos dele deslizando pela minha cintura...

eu nao reparei no que eu fiz, só sei que minhas mãos pegaram as mãos dele e meu corpo começou a se mecher, eu ia para frente, para trás, deslizava, cruzava, girava, mechia de um jeito que eu nunca imaginei que iria conseguir, meu corpo se colava no dele, minhas maos deslizavam no peito dele, iamos juntos para frente e para trás, seguindo os passos um do outro, o calor subindo a cada hora.

- viu voce esta dançando.- sussurrou ele pra mim.

Abri meus olhos e olhei para os meus pés, enquanto um batia no chão o outro deslizava, eu escorregava como se estivesse num chão encerado, meu corpo ia de um lado para o outro como se fosse feito de mola, e foi ai então que eu descobri, aquilo era psy, deixar seus pés baterem e deslizar, suas mãos e seu corpo sempre mechendo, nunca parando nenhuma parte de seu corpo, era só seguir as batidas do coração.

Eu olhei pro rosto do danilo, ele me olhava com aquele ar misterioso dele e ao mesmo tempo sexy, eu nao consegui desviar meus olhos dos olhos dele, e ainda dançando nos aproximamos novamente um do outro,ele me puxou de novo pela cintura e olhando no fundo dos meus olhos, ele me beijou, ao som do psy, o ritmo do amor.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 15/10/2008
Reeditado em 15/10/2008
Código do texto: T1230293
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