AS OLIMPÍADAS E A SUA HISTÓRIA

Olimpíada é o nome dado a uma competição esportiva. Ela acontece de quatro em quatro anos, reúne milhares de representantes de dezenas de países, em provas das mais variadas modalidades. Com certeza, é o principal acontecimento do esporte mundial, pois tem como objetivo a confraternização dos povos feita através do esporte.

Existem dados históricos mostrando que, a partir do ano de 776 antes de Cristo começaram a ser celebrados os jogos, com regularidade, cada quatro anos, até o ano 394 da Era Cristã, quando o imperador romano Teodósio ordenou o seu final.

No começo, o programa ocupava um dia só, consistia numa corrida feita pelos atletas, com a extensão que o estádio permitia. Depois foram acrescentados outros tipos de esportes, tais como: o lançamento do dardo e do disco, a luta e o pugilismo, o salto, as corridas de carros, o pentatlo, e outros jogos.

Tinham tal importância os Jogos Olímpicos que, enquanto duravam, o território do Olimpo, onde se efetuam as competições, nas encostas do Monte Knorion, era considerado neutro e estabelecia-se uma trégua sagrada. Todas as dissensões (desarmonias) armadas, deviam então, cessar, conforme o texto de convenção, assinado entre Licurgo e Fitos, rei da Elida.

Um fato interessante acontecia durante a realização dos jogos, pois tomavam parte nas competições apenas os cidadãos gregos, mas, para isso acontecer, propiciavam-se todas as facilidades para que os atletas procedentes das colônias gregas do Mediterrâneo concorressem, a ponto de receberem salvo-conduto (uma espécie de passaporte), no caso de precisarem atravessar zonas de guerra.

A vida dos gregos tinha tanta ligação com os jogos, que chegaram há medir o tempo por olimpíadas, isto era feito perante o intervalo de quatro anos, o que decorria entre cada celebração. A maior honra, a que podia aspirar um atleta-cidadão grego era receber o ramo de oliveira, dado ao vencedor de um jogo olímpico

Durante mais de 2.000 anos os Jogos Olímpicos não foram mais realizados, e assim, faziam parte da história. Mas, no final do século XIX, um notável educador e filantropo francês, o Barão Pierre de Coubertin (1863-1937), empenhou-se em fazê-los ressurgir. Ele estava convencido de que as glórias da Grécia, na sua idade de Ouro, eram devidas, em grande parte, ao investimento que se dera à cultura física e à celebração de festivais esportivos.

Sustentando, a sua idéia, com um trabalho admirável de propaganda junto a vários países, mostrava somente benfeitorias, para isso acontecer, podiam advir da realização periódica de competições internacionais, em que se oferecessem aos atletas amadores de todas as nacionalidades, iguais oportunidades de triunfo.

O Barão de Coubertin conseguiu, em um congresso na Sorbonne (universidade) de Paris, em 1894, lançar as bases dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Dois anos depois, em 1896, os Jogos recomeçavam em Atenas, num magnífico estádio. Desde então, as Olimpíadas se têm repetido de quatro em quatro anos, exceto as correspondentes aos anos de 1916, 1940 e 1944, quando o mundo estava em guerra.

O controle dos Jogos Olímpicos está ao cargo do Comitê Olímpico Internacional, cuja sede é Mon Repôs, Lausanne (Suíça).Ao C.O.I. filiam-se os comitês nacionais, que em 1960, à época dos Jogos de Roma, somavam 87. Nas Olimpíadas desse ano em Pequim, tomaram parte mais de 7.000 atletas. Todos os participantes das Olimpíadas são obrigados a alojar-se num conjunto especial de residência, denominado Vila Olímpica. Esse costume é um incentivo à própria essência dos Jogos, que é a da aproximação dos povos por intermédio dos seus esportistas. Homens e mulheres de todo os continentes vivem, durante alguns dias, o mesmo ambiente de amizade, acima das rivalidades e dos preconceitos.