Meu alazão, meu pangaré
Quando eu vejo meu cavalo
Pergunto-me por que é
Que fui comprá-lo num estalo,
Melhor era andar a pé.
Melhor era andar a pé
Eu gostei da ressonância,
Meu cavalo pangaré
Me desculpe a ignorância.
Quando no haras cheguei
Encontrei um espertalhão
Foi quando negociei,
Pra comprar um alazão.
Hoje estou andando a pé
Tenho calos de montão,
Por causa do pangaré
Que eu pensei que era alazão.
Hull de La Fuente
Eu também tenho um pangaré
Mas, não me enganaram não
Pois, na hora que comprei
Ví que não era um alazão.
Com ele viajo sempre
Pra cidade e pro sertão
Com ele estive na Bahia
Visitando o cumpáde Airão!
Estive até em Brasília
Viajo a todo momento
Ao encontro dos amigos
Vou no Pangaré Pensamento!
Pedrinho Goltara
Eu agora estou com pressa,
E esse cavalo é muito lento
Mas deixo aqui minha promessa,
Na próxima eu juro que entro.
E esse cavalo é muito lento
Mas deixo aqui minha promessa,
Na próxima eu juro que entro.
Jacó Filho
Quando mi alembro do pangaré
Qui o meu sogro mi ofertô,
Pra quêu cazasse cum aquela muié
Qui na minha cacunda eli jogô.
A muié era bem corcunda
O pangaré tomém num tinha dente,
Ela era reta sem bunda
O pangaré foi um presente.
Foi de noite qui eu cazei
Num cunhicia a muié dereito,
Tava iscuro e eu num oiêi
Éssa muié de tantos difeito.
Airam Ribeiro
Qui o meu sogro mi ofertô,
Pra quêu cazasse cum aquela muié
Qui na minha cacunda eli jogô.
A muié era bem corcunda
O pangaré tomém num tinha dente,
Ela era reta sem bunda
O pangaré foi um presente.
Foi de noite qui eu cazei
Num cunhicia a muié dereito,
Tava iscuro e eu num oiêi
Éssa muié de tantos difeito.
Airam Ribeiro