Meu alazão, meu pangaré

 

Quando eu vejo meu cavalo

Pergunto-me por que é

Que fui comprá-lo num estalo,

Melhor era andar a pé.

 

Melhor era andar a pé

Eu gostei da ressonância,

Meu cavalo pangaré

Me desculpe a ignorância.

 

Quando no haras cheguei

Encontrei um espertalhão

Foi quando negociei,

Pra comprar um alazão.

 

Hoje estou andando a pé

Tenho calos de montão,

Por causa do pangaré

Que eu pensei que era alazão.

 

 

Hull de La Fuente



Eu também tenho um pangaré
Mas, não me enganaram não
Pois, na hora que comprei
Ví que não era um alazão.

Com ele viajo sempre
Pra cidade e pro sertão
Com ele estive na Bahia
Visitando o cumpáde Airão!

Estive até em Brasília
Viajo a todo momento
Ao encontro dos amigos
Vou no Pangaré Pensamento!

Pedrinho Goltara



Eu agora estou com pressa,
E esse cavalo é muito lento
Mas deixo aqui minha promessa,
Na próxima eu juro que entro.

Jacó Filho




Quando mi alembro do pangaré
Qui o meu sogro mi ofertô,
Pra quêu cazasse cum aquela muié
Qui na minha cacunda eli jogô.

A muié era bem corcunda
O pangaré tomém num tinha dente,
Ela era reta sem bunda
O pangaré foi um presente.

Foi de noite qui eu cazei
Num cunhicia a muié dereito,
Tava iscuro e eu num oiêi
Éssa muié de tantos difeito.

Airam Ribeiro
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 22/09/2008
Reeditado em 23/09/2008
Código do texto: T1191333
Classificação de conteúdo: seguro