Libertei todas as minhas trevas

Hoje o ar que respiro está pesado

A saliva desce como pedras

e meus pensamentos estão fracos

Nem sei o que fazer

Não tenho o que contar

Nem as lastimas me interessam

Não tenho com quem conversar

Sinto-me como uma isca no anzol

esperando algo a me devorar

isso pouco me importa

pois uma lança já rasga o meu corpo

Derramei tudo que estava no copo

libertei todas as minhas trevas

abri a caixa proibida e roubei tudo que lá restava

E ela estava lá, sozinha, a encantada esperança