Uma História de Amor
Uma História de Amor...
Caros leitores e leitoras...
Esta poderá não ser a mais linda das histórias românticas que já leram um dia. E nem se compara as grandes histórias de romancistas famosos americanos, ou aos clássicos brasileiros.
Esta história de amor é real, e espero que tenha a aprovação de alguns de vocês, ou se possível de boa parte dos leitores deste pequeno trecho de uma vida.
Esta história é de uma garota que não conhecia o verdadeiro amor de uma pessoa (não irei citar nomes porque o protagonista desta história é o amor de duas pessoas). Claro que era amada pelos seus pais e familiares, mas, não o amor que se é necessário em determinada época de sua vida. Em um belo dia numa maternidade de uma grande cidade, nasceu uma garotinha que não estava nos planos de seus pais, mas mesmo assim foi concebida com muito amor e carinho. Ela foi tratada como uma princesinha, e logo vieram os irmãos, e com isso o ciúme pelos pais. Mas nada que a fizesse revoltada, pois era apenas uma criança. Com o passar dos anos, ela foi percebendo que nem tudo na vida era cor-de-rosa como imaginava. Aí foi que começaram os problemas...
Os pais não perceberam que sua meninha estava crescendo, e a tratavam como criança. Eles eram definitivamente superprotetores. Isso a irritava um pouco. Mas não era uma garota revoltada, nem muito menos tinha raiva de seus pais, apenas não se entendia muito com sua mãe, afinal não tinham o gênio muito parecido desde que a menina era pequena. Ela guardava algumas mágoas de sua mãe, coisa que, com o tempo, foi aumentando.
Talvez a mãe não fizesse por mal, talvez quisesse apenas protegê-la, mas, de alguma forma magoava sua filha. Esta quando menina achava que a mãe a tratava assim, somente para lhe ver triste, pensamento que com os anos foi sendo esquecido, pois ela cresceu e percebeu que a mãe apenas tentava fazê-la melhor.
Esta garota não teve uma adolescência muito boa. Era cheia de conflitos consigo mesma e os pais pioravam um pouco a situação, pois por medo, ou talvez por nem perceberem o que estavam fazendo, eram muito rígidos com sua educação, e coisas comuns para pessoas de sua idade, como, sair sem eles e dormir na casa de um colega eram praticamente um pecado capital, (Nunca foram religiosos, mas era o que dava a entender.) e por causa desses e de outros motivos tinha a vida amorosa conturbada.
Nunca foi o tipo de garota perfeita, e isso complicava um pouco suas relações com o sexo oposto. Nunca gostara de alguém que sentisse o mesmo por ela. Despertava sentimentos em seus melhores amigos, e isso por muito tempo foi um martírio em sua vida, já que contava todos os seus segredos a eles e isso fazia com que ela sentisse-lhe mal, pois não gostava de machucar os sentimentos de pessoas que queria tão bem...
Até que em um belo dia conheceu um rapaz diferente. Aquele moço não tinha nada que lhe despertasse muita curiosidade, ou qualquer tipo de reação surpreendente ao primeiro olhar. Na verdade era um amor platônico de sua prima, e para ela, os sentimentos de pessoas que ela ama, devem ser respeitados acima de tudo.
Mas com o passar dos dias o que ela sentia foi aumentando, e com isso o medo de trair um ente querido, (não foi citado aqui, pois tento ser breve com as palavras, mas essas pessoas moravam em cidades distintas, com mais ou menos 350 km de distância, pois ela conheceu o rapaz na festa de aniversário de sua prima, que morava na mesma cidade que ele.) até que um dia descobriu que o que sua prima sentia era apenas uma coisa passageira então entrou em desespero. Agora vocês devem estar perguntando-se: “Mas porque entrar em desespero? Esta não seria sua grande chance de ser feliz?”. Pois digo a vocês caros leitores, que é um ótimo momento para desesperar-se. Imaginem-se amando uma pessoa que mora tão longe de você? Não seria uma coisa insuportável? E como ficaria a cabeça desta pobre criatura, não sabendo dos sentimentos da pessoa que passou a aprender amar? Digo-lhes meus queridos, era um momento confuso de sua vida. Neste meio tempo já tivera voltado à cidade de sua prima e de seu amor, e nas férias passou uma semana lá. E foram as melhores férias de sua vida. Sentia o tal desespero, mas, tinha também perto dele um alivio tão grande. Enfim, chegou a hora de despedir-se, e voltar ao seu velho mundinho sem graça de sempre, com a mesma rotina intediante que passava antes daqueles maravilhosos dias. No dia em que se despediu do rapaz, (que imaginava que ela tinha-o só como amigo, pois era o que realmente eram antes de tudo mudar) abraçou-o como se o mundo pudesse acabar ali, mas teve de solta-lo para seguir com sua vida. Naquele dia teve certeza de que não gostava dele só como amigo, mas sim como alguém mais, e teve a impressão de que ele tinha algo para lhe dizer, mas não disse nada.
Passado uma semana depois de ir embora daquela cidade, diante de uma conversa de msn, teve uma grande surpresa. Estavam numa conversa corriqueira, e tocaram no assunto que dizia respeito ao coração. Ela encabulada disse-lhe que sentia algo por alguém, mas não havia dito que era ele próprio. O garoto não se contentou com a resposta dada, e insistiu muito, até que ela num momento de impulso disse a ele que, ele era o homem de quem ela vinha gostando há algum tempo. Então surgiu sua surpresa: o garoto disse-lhe que sentia o mesmo por ela. Nunca havia tremido tanto quanto aquele dia. Mas foi um dos melhores de sua vida. Intitularam-se “namorados” naquele dia mesmo, loucuras de jovens que se gostam. E daquele dia em diante continuam se intitulando desta maneira. Ele lá, ela em outro lugar. Os obstáculos em seus caminhos são muito grandes, a desaprovação dos pais por parte de ambos no começo (e se me permitem dizer creio que haja ainda por parte dos pais do rapaz.), as brincadeiras dos amigos que achavam que era apenas uma coisa boba, e ainda continuam achando, agora com menos convicção, e os pequenos 350 km que os separam. Mas nada disso, nada pode mudar o que eles sentem um pelo outro. É um amor infinito e incondicional por parte de ambos. E um amor que continua sempre firme e forte, e nada, nem ninguém poderá separá-los, pois querendo admitir ou não, seus destinos estão traçados nas palmas de suas mãos. Ás vezes a saudade aperta, as lágrimas rolam dos olhos, ela tem vontade de desistir, mas, basta lembrar de seus olhos para querer ir com esse amor até o fim. E se pudesse, por mais 200 anos...