Meus cadernos
Meus cadernos
Divido com meus cadernos, desde pequena, os sentimentos e sentidos que se embolam em mim. As crises cheiram à grafite apertados sobre as folhas. Os erros, borracha branca. As alegrias são das cores das canetinhas e os sonhos pincelados de guache. Quanto às burrices... Ah... Vou desdobrando as pontas das folhas.
Cuido bem dos meus cadernos coloridos. Amo suas páginas. E apesar de desejar rasgas as que estão cinzentas à grafite, as respeito. A seu modo, elas também me fizeram bem. Ajudaram-me a crescer.
São os meus melhores amigos. Confidentes. Sempre prontos às cores, aos rabiscos, às lágrimas, ao guache...
Quando eu era menina, ouvi Chico cantar quem era o Caderno. Comprovei que são mesmo assim e até mais! Os meus cadernos são o meu mundo de pauta, espiral e capa dura.
Adriana Santos