Ao jovem doente
Diga o que ouves, e eu te direi quem tu és,
Não importa, temos que voltar aos velhos clássicos.
Somente assim um novo rei pode voltar,
Com novas medalhas, novas falhas e belas melodias.
Não se construe uma casa pelo telhado,
e não se faz um horta só jogando as sementes.
Preparamos a nossa vida espelhando nos dias passados,
pois o futuro ainda não chegou,
está a menos de um segundo a nossa frente.
Quando se passa, não podemos mais voltar,
pois já é outra rua, outro dia e outra história.
Só nos restam as memorias e os dias que virão.
Escolha um caminho entre as portas da percepção.
Terei que ler tudo de novo,
para aprender uma nova lição.
Não me canso de viver na poeira,
pois o sopro não me leva a paz.