Isadora
Dentro da barriga encolhe e se estica
Como uma mola...
È Isadora querendo sair agora.
Rosto gordinho, cabeludinha,
Cabe num antebraço.
È Isadora em seu novo espaço.
Olhos curiosos em cada momento
Quando não,
Dorme a maior parte do tempo
Fadas, duendes e anjos,
Fazem parte da minha imaginação.
Fadas e duendes são da natureza
Possuem poderes de extrema grandeza
Faz parte de sua intuição.
Comparando esses inesperados fleches de alegria
Acho que Isadora era um anjo,
Porque fica agora trocando a noite pelo dia.
Se anjo vê anjo,
Então é isso que fica a observar
Mas como vou saber?
Ela ainda não sabe falar pra me dizer.
Agora não dorme tanto,
Quer brincar!
E faz uns gritos...
Parece se comunicar.
Dizem que a lua mexe com a Isadora
Por isso quando dorme ri e ás vezes chora.
Frágil, não tem firmeza,
Seu sorriso exprime tanta beleza!
Entre meus braços a balançar,
Isadora quer pular.
Existe uma confiança e intimidade
Segura com firmeza
Não teme a fragilidade.
É levada como bandeja
As coisas que necessita
Porém quando não dá pra ver,
Às vezes se irrita.
Contudo Isadora leva a vida,
Fácil como ela só,
Acredita que o mundo gira a seu redor.
Quero vê-la falar, andando,
A sentar brincando,
E assim uma história lhe contar
Como uma das tantas canções de ninar.
Então Isadora conhecerá,
O Lobo Mal, Os Três Porquinhos,
A Branca de Neve, O Papai Noel...
Histórias que ouvira quando criança
E aos contá-las lembrarei de minha infância
Quando corria na rua a subi
E descer ladeiras querendo tocar no céu,
Pegar no sol e conhecer a lua.
E ao parar uma leve chuva
Localizar primeiro que qualquer um
A ponta do arco-íris,
Onde existe um tesouro,
Um baú cheio de ouro pra quem encontrar.
Lembrarei de muitas outras aventuras
Porém tenho que guarda-las,
Pois Isadora é um bebezinho.
Minha sobrinha e afilhada de três meses,
Que tenho um enorme carinho.
Por enquanto os meus desejos ficam pra depois
Porque Isadora dorme agora.
Xii!
Dedico esta poesia com todo amor e carinho
a minha sobrinha e afilhada ISADORA.