DESCONFIANÇA DO RATO
Ao ver o rato na chuva
O gato foi generoso
Deu-lhe acolhida
Um jantar saboroso
Numa cama quentinha
Roncava o preguiçoso.
Só fechava um olho
O outro bem aberto
Ficava muito sismado
Com o gato por perto
Pensa que rato é bobo
Ele é bem esperto.
O gato ao perceber
Não tenha desconfiança
Eu fiz um juramento
Pra mim rato é criança
Juro de pé junto
Pode ter confiança.
Só posso agradecer
Toda a sua gentileza
Mas rato é assim
Tem a sua esperteza
Então eu agradeço
Não vou lhe dá moleza.
O gato numa preguiça
Na rede foi descansar
O rato foi embora
Precisava sossegar
Olhou a noite fechada
Esperou a chuva passar.
Quando o dia clareou
O rato saiu de mansinho
O gato ainda dormia
Ainda tomou um cafezinho
Sem perder tempo
Correu pelo caminho.
Irá Rodrigues.