Pretinha

 

Ela ama suas trancinhas,

As joga para um lado, para o outro.

Decide se uma, duas ou uma porção delas,

Com fitas ou com nozinhos nas pontas.

Ela decide, ela cuida, ela faz o que quiser.

Seu cabelo é a sua identidade,

É o fio que conecta com sua ancestralidade.

 

Pretinha como uma jabuticaba,

Pretinha cor de café no bule,

Pretinha como uma noite enluarada,

Ou pretinha de pele jambo.

Não importa o tom que lhe reveste a pele,

Ela é pretinha e só!

Igualzinha à sua tataravó!

 

De olhos brilhantes e arredondados,

E com seu nariz nada arrebitado,

Ela passa desfilando, linda, cheia de orgulho

De ser quem é.

A representatividade de sua gente,

Povo de luta, de força e de muita fé!