A Amizade e Tolerância Religiosa Entre Josualdo e Cristiano

Em uma vizinhança de uma pequena cidade, dois garotos que moravam na mesma rua: Josualdo e Cristiano. Josualdo era evangélico e Cristiano, umbandista. Eles sempre se deram bem, até que um dia, durante uma brincadeira no quintal, Josualdo ouviu alguns vizinhos falando sobre as religiões diferentes que existiam na cidade.

Curioso, Josualdo perguntou a Cristiano sobre a Umbanda. Cristiano, com orgulho, começou a explicar sobre os orixás, as oferendas e os rituais que sua família praticava. Mas Josualdo, influenciado pelos comentários preconceituosos que ouvira, zombou de Cristiano, dizendo que aquilo tudo era “coisa do diabo”.

Cristiano ficou muito magoado e se afastou de Josualdo. A partir daquele dia, a amizade entre eles ficou estraçalhada. Alguns dias depois, Josualdo percebeu que algo estava errado. Ele sentia falta das conversas e das brincadeiras com o antigo amigo.

Uma tarde, Dona Luana, a vizinha mais velha e sábia da rua, percebeu a tensão entre os dois e decidiu intervir. Ela organizou uma reunião de vizinhos sobre tolerância religiosa. Cada família deveria apresentar algo sobre sua religião ou crença. Josualdo ficou nervoso, mas aceitou o desafio.

No dia da reunião, Cristiano foi o primeiro a falar. Ele explicou com calma e clareza sobre a Umbanda, destacando os valores de respeito, amor e caridade que sua religião pregava. Todos os vizinhos ouviram atentamente, inclusive Josualdo, que começou a perceber o quanto havia sido injusto em seus comentários preconceituosos.

Quando chegou a vez de Josualdo, ele falou sobre sua fé evangélica e como ela também pregava o amor ao próximo e o respeito. Ao terminar, ele olhou para Cristiano e, com sinceridade, pediu desculpas. Disse que agora entendia que todas as religiões, apesar de diferentes, buscavam o bem e a paz.

Cristiano, surpreso e emocionado, aceitou as desculpas de Josualdo. Os dois se abraçaram, e voltaram a sorrir um para o outro. A partir daquele dia, os dois meninos se tornaram ainda mais próximos. Eles aprenderam que a diversidade religiosa era uma riqueza e o respeito mútuo era fundamental para a convivência - apesar das diferenças, é possível viver em paz e aprender uns com os outros.