BONECA DE PANO

Boneca de faz de conta

Se diverte no mundo

De fantasia.

E no sitio de pica-pau amarelo,

A Emília veste

As roupas de dona Benta

Costurou para ela.

Tem um Visconde

Que sabe como ninguém

O que é ser sabugo de

Milho.

E um soldadinho de chumbo

Que derreteu no gelo.

A vassoura da bruxa

Pegou fogo,

E no espaço de tempo

Ela desapareceu no ar.

A história não acaba aqui,

Tem outra leitura,

No palco os atores encenam

Novo ato:

“Tenho pena do louco

Neco Vicente e da lua

Sozinha no céu”.

(poema de infância Jorge de Lima aos 9 anos de idade – extraído da Coleção Poesia Completa Vol. 1997. Editora Nova Aguillar S.A.)

Félix Di Láscio
Enviado por Félix Di Láscio em 18/10/2024
Código do texto: T8176501
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