BONECA DE PANO
Boneca de faz de conta
Se diverte no mundo
De fantasia.
E no sitio de pica-pau amarelo,
A Emília veste
As roupas de dona Benta
Costurou para ela.
Tem um Visconde
Que sabe como ninguém
O que é ser sabugo de
Milho.
E um soldadinho de chumbo
Que derreteu no gelo.
A vassoura da bruxa
Pegou fogo,
E no espaço de tempo
Ela desapareceu no ar.
A história não acaba aqui,
Tem outra leitura,
No palco os atores encenam
Novo ato:
“Tenho pena do louco
Neco Vicente e da lua
Sozinha no céu”.
(poema de infância Jorge de Lima aos 9 anos de idade – extraído da Coleção Poesia Completa Vol. 1997. Editora Nova Aguillar S.A.)