Paco, o Bassê, e Vivi, a Gatinha: A Ração e o Novelo da Vovozinha!

Paco era um cachorro travesso;

Virava a casa inteira do avesso.

Vivi, uma gata, sua melhor amiga,

Vivia empoleirada, evitando briga.

Um dia, Paco fez o impensável,

E Vivi considerou aquilo desagradável.

“Você mexeu na minha ração, seu bassê!?”

“Desculpa, Vivi, é que tem cheirinho do meu sachê…”

Vivi ficou muito irritada:

“Minha nossa, ela está toda eriçada!”

Paco, assustado, começou a se afastar lentamente,

Pois sabia que o perigo era eminente.

Vivi pulou em Paco, acertando-o com suas almofadinhas,

Pois ela tinha nojinho de sujar suas garrinhas.

Paco triste aceitou a bronca sem retrucar

E prometeu a Vivi: "Em sua ração jamais vou tocar."

Vivi estava novamente empoleirada,

Mas, de seu sono, novamente foi despertada.

“Croc croc croc croc” sem parar,

Vivi furiosa não conseguia acreditar.

“Você está comendo minha comida de novo?”

“Desculpe, Vivi, essa ração tem gostinho de ovo!”

“Minhéu!” Vivi pulou novamente em cima do cachorro:

“Dessa vez não vai ficar somente no esporro!”

“Oh, não, Vivi, me perdoe, não faço mais!”

“Essa desculpa comigo não cola de novo, meu rapaz!”

Vivi acertou Paco com suas patinhas,

Que saiu chorando “cain-cain”, tropeçando em suas orelhinhas.

Vivi então ficou atenta, para que Paco não mexesse em sua merenda.

“Que cena intrigante, mas o que é isso, uma oferenda?”

Paco carregava um novelo da vovó para fazer uma troca:

Um pouco da ração gostosa pelo brinquedo favorito da Vivizoca.

“Uau, isso sim é escambo!

Troca aceita, cãozinho molambo!”

Paco não conseguia acreditar:

A troca deu certo e da ração ia desfrutar!

De repente, o vovô e a vovó abrem a porta num instante:

“Venha cá, minha velha, olhe que maravilha intrigante!”

“O Paco aprovou a ração nova, sem nem reclamar!”

Paco olhou para a gata, que tentava disfarçar.

“A culpa foi da vovó, que a sua ração em meu pote colocou.”

Paco então o novelo em sua boca tomou,

E para a gata entre os dentes exclamou:

“Vou devolver o novelo da vovó, o trato acabou.”

Paco foi comer sua ração,

E Vivi nem esboçava reação.

Talvez ela tenha feito de pirraça;

Quem sabe só queria fazer uma graça.

Vivi então pediu desculpas ao seu amigo incrível

E os dois riram do mau entendido terrível

Voltaram então aos seus afazeres distintos

Como dois animais muito “amigonitos”.

Vivi pulou novamente para seu “arranhaleiro”

Enquanto Paco foi encher o buchinho com o rango maneiro

A vovó sentou no sofá vermelho e começou a tricotar

O vovô pegou a máquina para a grama encurtar

A verdade é que Vivi adorava provocar,

Pois era só assim que ela sabia brincar.

A tarde era novamente agradável:

Vivi dormia “ronc-ronc”, Paco roia algo “croc-croc”.

A vovó no sofá tricotava, tic-tic tic-tic

O vovô a grama cortava. vruum-vruum

E assim eram as tardes de todos os sábados

Na casa das cercas verdes e dos dias animados!

Fim!

sr Gruner
Enviado por sr Gruner em 31/08/2024
Reeditado em 31/08/2024
Código do texto: T8141302
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