Osvaldo e o Presente Inesperado
Em uma cidade chamada Imperatriz, no Maranhão, vivia um menino de nove anos chamado Osvaldo. Esse garoto era como muitos de sua idade: cheio de energia, sonhos e desejos. No entanto, havia algo que o deixava particularmente triste: ele não tinha um videogame. Enquanto seus amigos falavam sobre os jogos mais recentes, Osvaldo só podia escutar e desejar o que não tinha.
Todas as tardes, após o almoço e a escola, Osvaldo ia para as videolocadoras do bairro, lugares mágicos onde, por algumas horas e alguns trocados, ele podia mergulhar nos mundos fantásticos dos videogames. Esses momentos eram os mais esperados do dia, mas sempre vinha acompanhados de um sentimento de tristeza por não ter seu próprio console em casa.
Durante as férias, Osvaldo foi visitar parentes em Brasília, onde conheceu a realidade de sua prima Daniele. Diferente de Osvaldo, ela tinha não apenas um, mas dois videogames. Os dias que passou jogando na casa dela foram incríveis, mas também deixaram Osvaldo com uma pontinha de inveja e um desejo ainda maior de ter seu próprio videogame.
Voltando das férias, a vida seguiu seu curso. Osvaldo continuou indo à escola, ajudando seus pais em casa e passando suas tardes na videolocadora. Ele nem sequer mencionava o desejo de ter um videogame para seus pais, convencido de que seria um pedido impossível de ser atendido.
Mas então, algo extraordinário aconteceu. Em um dia aparentemente comum, seus pais o chamaram para a sala com um sorriso misterioso. Lá estava, sobre a mesa, um pacote embrulhado com um laço. Era um videogame novinho, exatamente o que Osvaldo sempre sonhou. O menino mal podia acreditar no que seus olhos viam. Lágrimas de alegria brotaram de seus olhos enquanto ele abraçava seus pais com todo o amor que sentia.
A surpresa deixou Osvaldo extasiado, mas também o fez refletir. Ele percebeu que, apesar de sempre ter se lamentado por não ter um videogame, ele tinha muitas outras coisas pelas quais deveria ser grato: uma família que o amava, amigos com quem compartilhar momentos especiais e a oportunidade de viver novas aventuras todos os dias.
Osvaldo aprendeu que a gratidão não se baseia apenas em receber o que desejamos, mas em valorizar o que já temos. Ele prometeu a si mesmo que jamais esqueceria essa lição. O videogame foi, sem dúvida, um presente maravilhoso, mas a verdadeira alegria veio de reconhecer e agradecer pelo amor e pelos esforços de seus pais.
A partir daquele dia, Osvaldo não só se dedicou a desfrutar de seu novo videogame, mas também a expressar sua gratidão de maneiras criativas e amorosas. Ele compreendeu que, embora os presentes materiais tragam felicidade momentânea, o amor e a gratidão são os verdadeiros tesouros da vida.