Não deu galo…
Agarrada que só ela ao pai Levy, a petiz Nádia, do alto de seus três aninhos acompanhava-lhe os passos pelo
quintal em todas as atividades, dos reparos de cerca à colheita de frutas, passando naturalmente pelo roçado e capina…
Mas a coisa que mais entusiasmava a guria eram as idas ao galinheiro, esse sim cheio de vida, do canto do galo, ao pipilar estridente e interminável dos pintainhos…
E foi justamente numa incursão dessas que o galo, senhor incontrastável de seu harém, estranhou o vestidinho colorido da menina, ou quiçá, mais ainda os seus áureos cachinhos e, sem nem pre-aviso, partiu para o enfrentamento…porém, sempre atento, Levy arrebatou-a do chão e, de botina em riste frustrou as repetidas, ainda que baldadas tentativas de ataque…
E, entretempo, apenas lívida nos braços do pai, a peralvilha dava também sua valiosa contribuição na repulsa ao ataque, ao bradar:
- Galim fedaputa, né pai…?