O INSETO REZADOR
Era uma vez um inseto
Contendo estilos bem seus.
Com jeito nada discreto
Foi chamado Louva-a-Deus.
Pela mudança de cor
Mimetismo bem fazia.
Fugia bem do calor
E nas plantas se escondia.
Com postura diferente
Gostava das mãos cruzar
Até parecendo gente
No momento de rezar.
Louva-a-Deus comia folhas
De mais diversas plantinhas,
Ao barulho, sem escolhas,
Fugia batendo asinhas.
Verde na totalidade
Tinha no seu corpo inteiro,
Voava com facilidade
Pra se proteger ligeiro.
Diziam que ele ao morrer
Sempre tinha as mãos cruzadas
Como se fosse fazer
As orações decoradas.
Encerro assim essa história
Do Louva-a-Deus rezador,
Pra que fique na memória
De quem findou sabedor.