Caminhando para as bodas de brilhante da minha existência, aprendo e reaprendo com os meus netos.
Clarice, a caçulinha, três anos, nasceu sabendo o que a vovó ainda não aprendeu. Seus questionamentos
chegam impactando o pensamento, revirando sentimentos.
A minha experiência na Educação não me preparou para este momento. As inteligências são fortes, arrojadas,
exigem sabedoria na condução das relações dialógicas. E nessa hora... Dom Bosco ensina que "Educar é uma obra de Amor."
E o amor amaina a insegurança da avó ao se deparar com um mundo novo, cheio de desafios e encantamentos.
_Vovó... você gosta de borboletas?
Elas são lindas, coloridas, existem para pintar os dias.
O pé de caqui está cheio de frutos... quase todos maduros.
_Vovó... quero um caqui do pé. Um caqui só!
Os outros são para os passarinhos.
Passarinhos sentem fome.
_Vovó... a noite está chegando?
Eu não gosto da noite... ela não me deixa ver a luz.
Gosto do dia... do dia claro... cheio de sol.
_Clarice... coloque os chinelos... o tempo virou.
_ Quem virou o tempo?
Por que viraram o tempo?
Virou o tempo pra onde?
Para onde foi o tempo?
Os nossos encontros são recheados de lindos diálogos instigantes, insofismáveis.
A indiazinha dos cabelos dourados e encaracolados ensina que...
só o Amor pode pefurmar a caminhada...
ensina, reafirma o que realmente vale a pena!
Foto by Zaciss