A BALADA DOS INSETOS
Ressurgindo plena do casulo
A Borboleta bateu asas e voou
Sorriu ao cruzar com a Abelha
Que alegre do apiário drapejou.
Adiante ela encontrou a formiga
Cortando folhas secas pelo chão
Viu o Calango balançar a cabeça
Para a pequena lagartixa passar.
Seguiu e pousou em um arvoredo
Olha, quem ela encontrou no lugar
Uma gigante nuvem de Gafanhotos
Que toda a plantação veio devorar.
Agoniada, ela revoou bem veloz
O avexado Grilo acabou de chegar
Aos gritos ele somente saltitava
As suas asas não sabiam voar.
Rápido chegou a dona Cigarra
O som vibrante era de arrepiar
Um gemido longo e estridente
Apavorando os insetos de lá .
De repente apareceu o Mosquito
Juntinho dele a Vespa também
O Bicho-Pau, fino feito um graveto
Com a Mutuca querendo pousar.
Ligeiramente encostou a Libélula
Com os olhos grandes e assustados
Ainda; o Cupim, o Besouro, a Mosca
E o magro Louva-a-Deus ajoelhado.
A Pulga estava muito engraçada
Dava cambalhotas para todo lado
Anoiteceu, vem um lindo Luzeiro
Era o Vaga-lume todo iluminado.
Então, a confusão logo se instalou
A Borboleta resolveu então voltar
Para findar a balada dos insetos
E pôr ordem ao barulhento lugar.
30.08.2021