QUE HISTÓRIA É ESSA, RABICÓ?

RABICÓ ERA O PORQUINHO DA FAZENDA.

NÃO TINHA O TÍTULO DO FAMOSO MARQUÊS DO SÍTIO DO SEU LOBATO.

MAS JÁ ERA FAMOSO POR SUAS HISTÓRIAS SEM PÉ NEM CABEÇA E UM TANTO FANTASIOSAS.

FUÇAVA TUDO O QUE VIA E OUVIA. ATÉ DA VIDA DOS PÁSSAROS ELE SABIA!

RABICÓ TINHA O RABO ENROLADO E AS ORELHAS SEMPRE EM PÉ, POIS TUDO OUVIA E DE TUDO E DE TODOS SABIA.

E, ACREDITEM!

SABIA COM MUITA MAESTRIA, POIS SUA MELHOR HABILIDADE ERA FUÇAR.

FUÇAVA AQUI, FUÇAVA ALI E LOGO SABIA O QUE QUERIA. ELE PODIA SER ATÉ UM BOM DETETIVE, JORNALISTA OU ESCRITOR, MAS...

NÃO SABIA GUARDAR PARA SI OS “FUÇOS” QUE FAZIA.

COMPARTILHAVA E DIVIDIA.

PORÉM, LEVAVA PARA FRENTE O QUE ACHAVA QUE SABIA...

LÓGICO! COM UM PONTO A MAIS NA HISTÓRIA VERDADEIRA QUE DESCONHECIA, POIS O QUE CONTAVA ERA SEU PONTO DE VISTA.

AS HISTÓRIAS DE RABICÓ ERAM SEMPRE DIFERENTES DO FATO FUÇADO.

ATÉ QUE UM DIA...

O QUE CONTOU RABICÓ TEVE PÉ E CABEÇA! TINHA SENTIDO E DIREÇÃO, PORÉM NINGUÉM MAIS NELE ACREDITOU.

RABICÓ, ENTÃO, BAIXOU AS ORELHAS, ENCOLHEU O RABINHO E PAROU DE FUÇAR A VIDA ALHEIA.

E, SEM MUITO QUE FAZER, NO CHIQUEIRO FICOU A PENSAR:

- QUE HISTÓRIAS VERDADEIRAS AGORA EU PODERIA CONTAR?