Antes ele do que eu!

O dia estava cheio de nuvens... e, Lucinha, disse ao amiguinho de sala de aula que o dia estava bonito mesmo assim – pararecia algodão doce no céu. Ele lhe respodeu que o cavalo, sem dentes, que pastava no terreno baldio, era rápido feito o leopardo. Ela disse que o Rio Tigre, do bairro Lambari, estava raso, porém, claro; e, acrescentou, ainda, que a máquina de costura, de sua mãe, estava ruidosa, apesar de sua genetriz ser muito cuidadosa.

Paulo falou que o celular do seu pai era caro, mas a cor era feia. Ela lhe respondeu que ele tinha que ficar calmo, cheio de paz, porque tem muita gente que é magro ou alto, feliz ou triste, feio ou bonito... mas, que a vida dependia da saúde física e mental de cada um... e, que o “garanhão” banguelo necessitava de ajuda urgentemente.

Paulo disse que tinha visto a onça-do-cabo-verde bebendo água no rio ralo. A Lucinha, com pena, disse: “Coitadinho do peixe fundo de poço lanpejô!”. Paulo riu que doía... e, disse: “antes ele do que eu!”.