DONA ONÇA PINTADINHA

e Sua Sabedoria

 

 

Era uma vez uma onça

Que morava na floresta

Uma onça muito alegre

Que sempre fazia festa.

 

E cada festa durava

Dois três dias sem parar

Onde a bicharada ia

Para comer e dançar

 

Brincavam se divertiam

Sem qualquer preocupação

Até caírem cansados

Esparramados no chão.

 

Na floresta tinha tudo

De que os bichos precisavam!

Com a alimentação e água

Jamais se preocupavam.

 

Mas um dia, logo cedo,

Todos ainda dormindo,

Dona Onça, que era esperta,

Viu, no mato, algo bulindo.

 

Levantou-se, devagar,

Procurando descobrir

Que bicho estranho era aquele

Fazendo o mato bulir.

 

Era um bicho diferente

De todos que conhecia:

Andava sobre dois pés!

Bem alto lhe parecia.

 

Um objeto nas mãos

Apontando em pontaria.

Dona Onça percebeu

O perigo que corria.

 

Pensou logo nos filhotes

Que inda mal sabiam andar

E que aquele ser maldoso

Poderia lhes matar.

 

Também lembrou dos amigos

Companheiros da floresta

Alegres e divertidos

Sempre, sempre a fazer festa.

 

De repente, um som de tiro!

O desespero aumentou.

O tiro significa

Que um bicho o homem matou.

Ouve um estalido seco...

É o som do mato queimando!

A bicharada correndo,

Bichinhos novos “chorando”.

 

Dona onça pensa um pouco,

Tenta a cabeça esfriar,

Convoca os bichos mais calmos

Para estratégias criar.

 

Criou um grupo de frente

Para espantar os humanos

Outro pra apagar o fogo.

E assim vivem há muitos anos.

 

Seria bom que assim fosse!

Que os animais e a floresta

Pudessem se defender!

No entanto, que lhes resta?

 

Pois o ser humano, em si,

Em sendo filho de Deus

Como os animais, deviam

Respeitar os “irmãos” seus.

 

Humanos e animais

São criaturas criadas

Por Deus Pai Onipotente!

E devem ser respeitadas.

 

A floresta é Bem Divino

Que o Senhor nos doou

A nós e a todos os bichos

Quando este mundo criou.

 

Dona Onça finaliza

 

Sem a Natureza, o homem,

Que é natureza também,

Finará junto com ela!

E não restará ninguém.

 

 

 

 

Natal/RN - 2021