O RATO ATRAPALHADO

Gui era um ratinho muito atrapalhado e bem teimoso, pense num rato que queria ser tudo,

Quando saia para o jardim dizia querer ser passarinho e logo inventou de fazer duas asas com penas de galinha, foi até o galinheiro e achou de arrancar as penas no rabo do Adamastor que avançou sobre ele de bicadas deixando o ratinho todo empelotado.

-Quem manda mexer em que não deve! Gritou a galinha Zezé, deixando o rato mais nervoso quase perdendo metade do seu rabinho.

Mas o rato não parava de inventar e dessa vez a sua maior estipula foi fazer as asas de papel e todo feliz foi avisar as borboletas que iria voar bem mais alto que qualquer passarinho. E lá se foi o atrapalhado subir no telhado, assim poderia voar até o outro lado do muro.

Coitado, no primeiro salto se espatifou bem no canteiro das rosas que espetou suas patinhas com seus espinhos.

- Oras! gritou a roseira furiosa ao ver suas flores machucadas pela queda do atrevido rato.

Quem disse que o rato iria desistir? Pois ele era muito teimoso e dessa vez fez as asas com folhinhas de capim. Achando que por serem longas e leves ele iria conseguir voar.

Sabe onde o ratinho atrapalhado caiu? Bem no galinheiro que não gostaram de ver um atrevido rato invadindo seu território.

Caíram de bicadas fazendo com que o rato corresse dali sem olhar para traz.

Desanimado o ratinho atrapalhado sentiu fome e foi vasculhar a cozinha, subiu na pia pulou pra mesa, se medir a distância não teve sucesso, dessa vez caiu dentro de um balde com água e sabão.

Ficou todo ensaboado, tentava subir na borda do balde e escorregava. Estava tonto e quase afogando quando o gato entrou, olhou a luta do ratinho e sentiu pena:

Há...há.há; Gargalhava o gato, Que belo jantar, disse lambendo a língua.

- Por favor! Você não vai comer um rato ensaboado e se fizer vai ficar intoxicado.

– Por favor salve esse pobre ratinho pelo menos dessa vez, estou me afogando no meio dessa espuma.

O gato olhou e disse: Dessa vez vou socorrer, mas não vai escapar quando eu te pegar.

O ratinho respirou aliviado ao se ver no chão, estava tão desnorteado que saiu cambaleando, chegou no jardim, mas não sabia em qual direção ficava a sua casa, ainda bem que o coelho Zelito passava por ali e lhe mostrou o caminho.

Chegando em casa o pai pegou em suas orelhas e disse bravo:

- Aprenda de uma vez que você é um rato e não temos asas para voar. Então, pare de querer ser o que não é e viva feliz como todos os ratos da nossa família.

A mamãe rata deu-lhe um abraço aconselhando o filho.

- Cada um é diferente, imagine se todos os animais possuíssem asas. Ou se todos fossem ratos como nós. Pense nisso e pare de nos dar tantos susto com as suas atrapalhadas.

Então o ratinho atrapalhado, prometeu que nunca mais sairia da sua casa sem a permissão dos pais.

Autora- Irá Rodrigues