Quando percebo que a secura da vida,
conspira e quer me amargar,
então me visto de infantil
imaginando várias cenas
pego uma caneta e um caderno
indo pra beira do rio
Pescar e fazer poemas!
(S.G)
A porquinha Lilica
e o
primo Tonico
(O desespero da pobre porquinha!)
Vejam como é bonita e querida
Essa simpática, porquinha
O nome dela é Lilica
E sempre de bem com a vida
Sempre espalhando sorrisos
Certas coisas, não se explica
Nunca se abala por nada
Estando sempre animada
Rodeada de muitos amigos!
Mas toda essa tranquilidade
Está correndo grande perigo
Sem que ela imagine
Está vindo da cidade
Pra fazer suas maldades
Um embusteiro pervertido!
Vem pra passar temporada
...roubar sua liberdade
Mexer até com o galinheiro
Espalhar o terror no terreiro
Breve, já desembarcando
Fazendo as coitadas, baterem asas
Pra infernizar, sua vida e sua casa
O safado, do primo Tonico!
O malandrinho, parece o capeta
Dá pulos feito um macaco
Lá, em sua última visitinha
Quebrou toda cozinha
Fez o maior saragaço
...e dos pratos e copos da casa
Restaram, somente os cacos!
Na chegada foi um alarido só
Pois o metido, veio sem avisar
Já chegou levando pó
Lilica, sabe que corre perigo
Das patas daquele bocó
E a coisa tende a piorar!
Ele é o meu maior castigo
Vou ter é que me cuidar
Se não ele vai transformar
Em inferno, esse paraíso!
De longe ele atira a mala
Vejam só onde caiu
Atravessou por dentro da sala
Passou por dentro do fogão
Fez uma baita confusão
Revirando, cinza e brasa
Bateu na galinha "fiu-fiu"
Emporcalhando toda casa!
Tirou penas de sua asa
Assustou inté Lilica
Que se apinchou...
Dentro do rio!
'Prima, priminha, prima Lilica'
Vem receber o teu priminho
Grita e agita, o safado
Taca aqui logo um abraço
Nem adianta se esconder
Vim, pra passar o feriado
Espere, já estou a caminho
Vou te achar nesse cercado
Trate logo de aparecer
A prima Lilica, vai só ver
Que não vou sair do seu lado!
Coitada da nossa linda porquinha
Agora...,
É que ela torce de vez, o rabo!
SERRA GERAL