A rã espiã

Vai haver o casamento da filha do General
Será uma festança como nunca teve igual
Já está quase tudo pronto perto do milharal
Rana começou o serviço pois é uma policial.

Rana é uma rã que trabalha noite e dia
Vive entre as folhas na maior agonia
Com papel e luneta, anota tudo que vê 
Vigiando a floresta, no programa de TV.

Rana é espiã, vive tudo a vigiar
Vive vigiando o sapo na lagoa coaxar
Fica no alto do galho esperando o grilo passar
Aguardando o momento de um mosquito saborear.

Rana foi contratada pelo nobre Sabiá 
Para espiar o Beija-flor que em breve vai casar
​​​​​​O belo pássaro não pode do jardim se afastar
A noiva toda bonita preparada já  está.

Desde o dia que o Beija-flor decidiu se casar
O Sabiá não deixou o beija-flor as flores beijar
O Beija-flor só podia beijar a sua filha Avatar
Rana tinha a nobre missão dos noivos vigiar.

Rana passava o tempo em Avatar espiar
Pra não chegar um sagaz e a sabiá roubar
Cuidar para que o sapo não fosse atrapalhar 
E que o macaco não fosse à festa dançar.

No dia do casamento chegou reforço policial
Era rã pra todo lado para proteger o General 
Os noivos se casaram e foram pra outro local
Até Rana encontrou o seu parceiro ideal.


Daquele dia em diante Rana deixou de ser espiã
Casou-se com um marinheiro baiano de Piatã
Que pertencia ao quartel mais famoso de Rã
Vez em quando recebia visita das suas irmãs.


 
Joyce Lima
Enviado por Joyce Lima em 11/09/2021
Reeditado em 11/09/2021
Código do texto: T7340105
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