O LAPIS SEM COR

O menino levava todos os dias para a escola sua caixa de lápis de cor; pois quase sempre havia algo para ele colorir.

Na maioria das vezes as cores mais usadas eram as mais fortes, como o vermelho; o verde e o azul.

Vez ou outra eram usados também o abóbora; o marrom e o amarelo.

Praticamente todas as cores eram usadas, menos a cor branca.

Ela tinha tão pouca importância para os alunos que eles até jogavam fora esse lápis .

Hugo então resolve fazer o mesmo... Sem sua mãe saber e faltando poucos minutos para ir a escola ele pega sua mochila, abre a caixa de lápis de cor e retira o lápis branco.

Logo seus amiguinhos o chama no portão...assim acontecia todos os dias, Huguinho e seus amigos iam juntos para a escola.

Já na sala de aula a professora anuncia que teriam um teste surpresa, todos ficaram muito apreensivos.

As folhas do testes foram distribuídas e para surpresa de todos, o teste era de pintura...isso mesmo...eles teriam que pintar a bandeira Brasileira nas suas cores exatas.

Os alunos tinham a idade entre 7 e 9 anos, alguns deles não sabia quais eram as cores da bandeira, mais Huguinho sabia...o que ele não sabia era como ia poder fazer esse teste se faltava justamente a cor mais importante, que era o branco.

As palavras da professora não lhe saíam da cabeça, pois momentos antes de distribuir as folhas do teste, ela falou da importância de cada cor e o que ela representava na bandeira do Brasil.

O amarelo, as riquezas do país; o azul o céu e os rios, o verde as matas brasileiras e finalmente o branco que representava a paz.

E a professora ainda para completar disse, que sem a paz não se pode viver.

Huguinho ficou ainda mais apavorado quando pensou nessas palavras.

—E agora; como vou poder fazer o teste sem a cor branca que representa a paz! Pensou ele.

Porém mesmo sem saber o que fazer, Huguinho então pega a caixa de lápis de cor e começa a pintar a bandeira na ordem, que seria começando pelo verde até chegar no branco.

E assim ele fez....

Primeiro o verde, depois o amarelo; em seguida o azul e por fim o branco.

Opa; espere um pouco. Branco...como pode, se em casa eu tirei ele da caixa e o joguei embaixo da cama pra minha mãe não vê. Pensou o menino.

O fato é que Hugo concluiu o teste, tirou nota dez e ficou muito feliz.

Já em casa sua mãe lhe fala sobre o lápis que tinha encontrado embaixo da cama e o colocou na caixa de volta .

Ela disse também que pensou que ele tinha deixado cair o lápis ao abrir a caixinha.

Huguinho ouviu e ficou quieto; ele jamais ia dizer que jogou o lápis embaixo da cama de proposito. Pensou que por isso ficaria de castigo, então preferiu não falar nada.

Moral da história.

Temos o costume de descartar tudo o que não está sendo usado com frequência.

Porém as vezes aquilo que menos fazemos uso dela, pode ser que justamente aquele objeto ou atitude tenha mais importância do que qualquer outra coisa.

Aquele lápis de cor branca que o menino pensava não ter utilidade por quase nunca ser usado, na verdade ele foi fundamental para que ele pudesse terminar o teste e receber um dez pelo trabalho concluído.

Temos o hábito de deixar de lado o que as vezes julgamos não ter importância, assim como a palavra amor.

Igor Rodrigues Santos.

Poeta Igor Rodrigues Santos
Enviado por Poeta Igor Rodrigues Santos em 28/06/2021
Código do texto: T7288525
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