COMO NA FÁBULA

Amigos de longa data

Em pratos, garfos e facas.

Um, redator, escrevia,

O outro, cantor, em cantoria.

Nas festas, vinho e churrasco,

Viravam a noite e o dia.

O cantor caiu em fiasco,

Sem pão e sem economia.

Foi-se embora o trabalho,

Por causa da epidemia,

O pássaro caiu do galho,

Seu canto não mais se ouvia.

O amigo de longa data,

Em pratos, garfos e facas,

Churrascos, vinhos e que tais,

Mostrou como é que se faz.

Chegou junto, tomou a frente,

Da fábula fez diferente,

Formiga e gente não são iguais.

- “Aqui ninguém sofre mais! ”

Todo mundo ficou contente,

Então é bom que se diga:

Não condenem a formiga,

É só um bichinho inocente.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 08/05/2021
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