COMO NA FÁBULA
Amigos de longa data
Em pratos, garfos e facas.
Um, redator, escrevia,
O outro, cantor, em cantoria.
Nas festas, vinho e churrasco,
Viravam a noite e o dia.
O cantor caiu em fiasco,
Sem pão e sem economia.
Foi-se embora o trabalho,
Por causa da epidemia,
O pássaro caiu do galho,
Seu canto não mais se ouvia.
O amigo de longa data,
Em pratos, garfos e facas,
Churrascos, vinhos e que tais,
Mostrou como é que se faz.
Chegou junto, tomou a frente,
Da fábula fez diferente,
Formiga e gente não são iguais.
- “Aqui ninguém sofre mais! ”
Todo mundo ficou contente,
Então é bom que se diga:
Não condenem a formiga,
É só um bichinho inocente.