A lagarta que ia voar.
Na floresta encantada, os animais se reuniram para expor seus dons e talentos, discorrendo cada um, o que melhor sabia fazer.
O João de Barro, afirmava ser o maior pedreiro da floresta, o que construía casa que nenhuma tempestade poderia derrubar. Foi muito aplaudido.
O esnobe Papagaio, disse ser a única ave que falava a língua dos homens e que agora aprendia mandarim para negociar com a China. Houve silêncio no céu e na terra.
A senhora Abelha por sua vez, dizia-se bem pequena, porém, fabricava o que há de mais doce sobre a face da Terra, o mel.
Enfim, todos tiveram oportunidade de expor suas habilidades: O Urubu, o Tatu, o Bicho Preguiça, o Camelo, o Lobo Guará e até a sábia Coruja, fez o seu belo discurso, sobre a importância de preservar os pantanais, florestas e cerrados.
A Onça Pintada, não esteve presente, pois queimou as patas com o fogo posto pelos homens no Pantanal.
No final da conferência, a desengonçada lagarta também desejou falar. O desprezo foi geral na boca dos presunçosos que diziam: “Coitadinha, o que esse ser desprezível tem de bom?”
Depois de tanto rebu, veio um silêncio geral. O orador opulento afirmou: “Você está com a palavra”, ao que a Lagarta respondeu: “Eu vou voar…” Todos se riram dela, menos a borboleta.
Moral da história: Caminhe com quem acredita em você.
Ofereço esta história infantil aos meus queridos sobrinhos: Daniel; Letícia, Sofia, Davi, Murilo, Enzo, Erik, Henrique e Manoela.