LIBELLE A BORBOLETINHA
Já sentindo os rubores da juventude e para espantar os calores, saiu para voar por entre as flores.
Nisso viu que numa flor ao lado, estavam pousados, um casal de borboletas. Estavam tão apaixonados que enquanto trocavam carícias suas asinhas brilhavam numa trêmula delicadeza.
Borboletinha ficou logo deslumbrada com as cores de suas asas. Perguntou ingenuamente ao casal de namorados que brinquedo praticavam. Estes então lhe disseram que não estavam brincando que estavam fazendo amor. Libelle então perguntou para eles o que era o amor?
O casal então respondeu que quando chegasse a hora ela iria saber.
Olhando a beleza das asas do casal pensou que o amor encontraria quando pudesse um dia dispor de tamanha beleza.
Entretanto ela não sabia que o fruto daquela beleza tinha sido construído com muita intensidade e amor que ficou gravado em suas asas pra toda a eternidade.
Inconformada com a simplicidade de suas asas, saiu em busca de cores pra se tornar atraente e pra conquistar seus amores. Conseguiu ficar deslumbrante mas vazia de amor. Até conseguiu conquistar um bonito namorado que também se destacava por sua notável beleza e que também procurava o amor e não o encontrava.
Os dois já estavam pra desistir quando decidiram mergulhar num lago pra se despojarem de suas cores e de seus artificiais sentimentos.
Saíram com as asas lavadas, simples como eram antes. Foi então que perceberam que o amor, pacientemente, sempre esteve ao seu lado.