O galo e a pandemia
Um galo que se achava o dono do seu terreiro, certa madrugada acordou com muitos cocoricós das galinhas. Com toda a sua autoridade, ele gritou pedindo ordem no galinheiro. Uma das galinhas disse que o assunto era urgente e sério, havia um comentário de certa doença que estava se espalhando no mundo inteiro e que tal enfermidade havia chegado na cidade e matado muitas galinhas nos terreiros vizinhos. Eram necessários cuidados para impedir, ou, ao menos amenizar os feitos da doença naquele lugar. O galo disse que essa doença era apenas um boato, que, de fato, ele já tinha ouvido falar, mas acreditava ser algo não tão letal quanto afirmavam. Disse também, que tudo não passava de uma invencionice da mídia galinheira mundial e ordenou que suas galinhas e pintinhos não assistissem mais TV, não lessem mais jornais, não ouvissem mais rádio, nem acessassem a internegalete. Assim, todos saíram para seus afazeres cotidianos, alheios aos acontecimentos do mundo.
Após duas semanas de tais acontecimentos, muitas galinhas começaram a ter sintomas de uma suposta “gripezinha”, que foi se espalhando e contaminando dos mais novos aos mais velhos, dos mais frágeis, aos mais esportistas. Em um mês, boa parte do galinheiro estava morrendo. E o galo, que se achava um grande sábio, viu a rotina do seu galinheiro sendo paralisada e muitos entes queridos se despedindo dessa existência.
MORAL: Nunca ache que você sabe tudo, nem impeça que os outros possam ir atrás de conhecimento, sua soberba pode tirar vidas inocentes.