Volta ao Mundo com Judith (L)
Não bastasse a friagem antártica, a ilha de Pedro I, tem muito mais desafios que alcança a imaginação. São 156 km2 de rochas vulcânicas essencialmente basálticas sob o gelo permanente. Um arremedo de vegetação, nas suas franjas, não passa de musgos e líquens...
E é a úlitima etapa de nosso périplo, consoante a proposta de Judith...para terceiros, tão-somente... Se ao menos tivéssemos começado nesses gélidos mares meridionais, podíamos bem concluir o tour nalguma ilha tropical, mais amena, nos refrescando com boa sombra e água de coco...
Mas a ordem estabelecida por Judith foi Ártico, Atlântico, Índico, Pacífico e Antártico...e você já notou, caro companheiro de balanços de mar que os oceanos todos são proparoxítonos...?
E Peter está aí, inabordável, sem um estuário ou mesmo ancoradouro sequer...e com o seu pico altaneiro, Lars Christensen, de 1.640 metros de altura..., a 420 kms da massa continental da Antártida....e embora descoberta em 1.821 por Fabian Gottlieb von Bellingshausen, foi só 108 anos depois que Ola Olstad, norueguês, ali aportou. E essa proeza fez com que a Noruega reivindicasse a soberania do território, que só não foi reconhecida em razão do Acordo de Congelamento de Reivindicações Territoriais no Continente Antártico, de 1961.
Vamos logo tirando o time daqui, de congelado, o termômetro estourou...e nenhum pinguim, foca ou leão marinho piou...