Volta ao Mundo com Judith (XLIX)
A ilha de Franklin, com seus 13 km2, desabitada e desolada aos olhos humanos é o que restou de uma parte de um vulcão-escudo, coberta de gelo, e saliência de uma rocha negra com intrusões de filetes brancos. E os pinguins Adélie compõem de riguer essa paisagem.
Franklin foi descoberta - e se pergunta para quê... - pelo explorador britânico James Clark Ross e presta homenagem a Sir John Franklin da Royal Navy britânica, herói da batalha de Trafalgar, explorador polar essencial e paradoxalmente interessado em descobrir a famosa passagem do Noroeste, diametralmente oposta, no Polo Norte. Seu heróico e misterioso desaparecimento naquela empreitada, motiva a denominação da ilha de Franklin em sua homenagem. De Polo a Polo, se dá o consolo...
Uma visão apocalíptica costuma aguardar quem se aproxima das areias negras dos escassos pontos de ancoragem em Franklin: carcassas e esqueletos de filhotes de pinguim Adélie ocasionalmente vítimas de fome e frio. São mais que o balanço trágico da chamada lei de Darwin aplicada à espécie: os casais desses animais, em geral chocam dois ovos, e diante da extrema adversidade climática alimentam apenas o filhote com mais chance de sobreviver.
E o Criador, que tudo vê...será que nisso tudo crê? Responda você...
Mas se anime, caro viajante, temos agora só uma ilha restante, é Peter Island, ou Ostrov Petra I, para os russos...