Volta ao Mundo com Judith (XLVI)
Nossa última parada no imenso Pacífico nos leva a Takuu, ilha da Nova Guiné. Se o nome soou-lhe pouco sonoro, trate-a por Tauu, ou Mortlock. E foi justamente James Mortlock, o primeiro ocidental que avistou esse atol, quase circular como um globo ocular em 1795.
Esse atol, que perigosamente parece estar se atolando cada vez mais na imensidão das águas, com seu 1,4 km2 de extensão , e altitude não superior a um metro, abriga cerca de 560 almas, e uma enormíssima lagoa ao centro. Quanto às almas, almas vivas, é bom que se frise, pois a crença dos locais é que as almas de seus antepassados, invocadas diuturnamente, é que estão a velar por sua segurança, paz e felicidade. E, com muita galhardia, repelem veemente e prudentemente tentativas de visitas de não nativos.
Ultimamente, caíram na cilada de abrir algum espaço para missionários evangélicos e já se pode saber para que rumo estarão indo, na medida das conversões e dos milagres a granel. E como o Criador tudo vê, a esperança para muitos estudiosos, de antropologia, principalmente, é de que intervenha.
Bougainville, a ilha mais próxima fica apenas as 230 kms. E os aborígenes, que ancestralmente partilham da cosmologia e da cosmogonia geral melanésia preferem se afundar na vastidão das águas.