Volta ao Mundo com Judith (XXXIX)
Lembra-se daquele famoso goleiro do Cruzeiro, dos anos setenta, que eternizou a camisa amarela...e tanto infernizou a torcida do Atlético a ponto de provocar tanta querela? O paranaense Raul Guilherme Plasmann. Pois é, a ilha que visitaremos hoje tem o seu nome. Mas ainda não achei a razão desse Raoul na Nova Zelândia, país à qual pertence.
Descoberta em 1793, um ano depois da nossa Conjuração Mineira, semente de nossa Libertas Quae Sera Tamen, por Joseph Bruny d´Entrecasteaux, Raoul tem 29,4 km2 de território e abriga dez residentes rotativos, designados - e vai ver até que desenganados... pelo Department of Conservation da Nova Zelândia. A cada ano, por um período de 6 meses, nove voluntários lhes fazem companhia como assistentes.
O trabalho é duro e o processo de seleção deixa isso bem claro aos candidatos, advertindo-lhes sobre a capacidade de resistência ao isolamento, à aspereza climática e a necessidade de aprender e executar diversas tarefas que vão desde a manutenção das trilhas aos reparos de instalações, até o fabrico próprio do pão. E um perigo permanente de terremotos e explosões vulcânicas que podem passar séculos dormentes, e numa súbita sacudidela, por vezes imprevísivel, ver tudo ir pelos ares. Isso sem contar o acidentado relevo da ilha, que quase nãp permite a atracação de embarcações...
Raoul fica a 980 kms da Nova Zelândia e sua forma cartográfica assemelha-se rudimentarmente à um bigorna, quase seccionada no topo por um extenso lago que cobre a parte mais profunda de uma caldera vulcânica.
Se você pensa em tentar a sorte dos voluntários semestrais, o endereço para submissões é Depatment of Conservation, P O Box 474, Warksworth, New Zealand. Good luck!