Volta ao Mundo com Judith (XXXIII)
A primeira coisa que amedronta quando se confronta uma afronta à ilha de Campbell é a sua forma cartográfica semelhante a uma cabeça de dragão, com uma bocarra pronta para qualquer engolição...
Campbell, bem ao sul da Nova Zelândia, e a 1.900 kms da costa da Antártida, pode parecer paradisíaca nas fototografias, mas é um osso duro de roer para os mais destros e aventureiros navegantes. Não é sem razão que os 113,2 km2 da ilha-mãe e das ilhotas e filhotas que a cercam, são inabitados, por humanos, e carregadinhos de vida marinha, entre aves e anfíbios.
As tentativas de ocupação humana falharam e por boas e fartas razões nesta porção sub-antártica de natureza indomável. A Frederick Hasselborough coube a descoberta dessa preciosidade, em 1.810.
Um fato notável, que foi para os anais, ninguém sabe se voltará a acontecer jamais, foi a expedição Oceanográfica de 1.874, que em 21 de junho, observou a transição do planeta Vênus frente ao Sol, sob a chefia de Anatole Bouquet de la Grye. As condições meteorológicas, apesar de altamente variáveis, possibilitaram o sucesso da missão, ainda que por uns poucos 20 segundos. Mas para quem viu a a descreveu, como valeu...