Volta ao Mundo com Judith (XIII)
Concluída a etapa do Atlântico, rumamos hoje para o Índico: a ilha de Saint Paul, possessão francesa. Com seus 7 km2, inabitada, tem no entanto, uma história movimentada, caracterizada sobretudo pela atividade vulcânica, em que uma enorme cratera é a sua marca registrada.
A ilha, já mencionada em carta náutica portuguesa em 1559, foi avistada em 1618 pelo almirante flamengo Harwick Claesz de Hillegon, e em 1892 foi anexada à França. As tentativas de exploração econômica da ilha foram fadadas ao insucesso, por um número de razões que vão de seu isolamento à utopia dos empreendimentos. Além da introdução de pestes, como ratos e coelhos que perturbaram o frágil equilíbrio ecológico. Sua remoção, custosa, não reparou os malefícios causados.
Pinguins, pássaros, e outras espécies marítimas usam o local para a reprodução. Samambaias, musgos e líquens maiormente, compões a singela paisagem botânica.
Alguns milhares de quilômetros separam a Saint Paul da África do Sul,
da Austrália e do Continente Antártico, assegurando-lhe, ao menos, o menor risco da contaminação pelo bolsona-vírus...
Cada vez mais, dou razão à Judith Schalansky, proponente desse nosso tour, desde que ela fique em sua biblioteca mergulhada em seus mapas...