Zé Azedo

Zé Azedo era um camaleāozinho  que morava na pitangueira lá de casa. Sempre que  eu ía colher pitangas, ele surgia no meio das folhas com sua cara amarrada. Parecia estar de mau com Deus e o mundo todo. E por sempre lhe encontrar assim, te dei o nome de Zé Azedo. 
Um dia resolvi conversar com ele. Lhe fiz um monte de perguntas, mas só me olhava. Parecia que não estava gostando nada daquela conversa. Recolhia minhas pitangas e ia embora.
Certo dia resolvi levar minha máquina fotográfica. Queria tirar uma foto do meu amiguinho Zé.
Mas ele me apareceu mais emburrado do que nunca. Ainda quis brincar com ele, e disse:
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Ô Zé, desamarra essa tromba, faz uma pose aí véi, faz.
Nada do Zé colaborar. O jeito foi fotografar com tromba mesmo.
Mas aquele  olhar do Zé parecia que queria me dizer algo. 
Um dia eu descubro...


 
Élia Couto Macêdo
Enviado por Élia Couto Macêdo em 01/02/2020
Reeditado em 06/03/2020
Código do texto: T6855895
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