O sapo debaixo do pé de alface


Faceira, eu fui até a horta tirar um pé de alface
Deparei-me com ele, bem diante de minha face
Um gigante, assustador, rechonchudo e pintado
Me encarando e dando-me uma olhada, calado.


Nossa! Que susto levei, para o lado me joguei
Cai na calçada de pedras, quase me esfacelei
Nada o bonito sapo me fez, só receio do anfíbio
Desde de criança, me aproximar foi um martírio.


Amedrontavam-me para nunca próximo chegar
Que um leite venenoso ele iria soltar e me matar
Certamente reclamando seus direitos ele estava
Do frescor e na deliciosa sombra, onde relaxava.


Eu, ceifando seu habitat natural de se proteger
Do calor abrasante e de um frescor no anoitecer
O sapo ajudando no equilíbrio da mãe natureza
Alimentando-se dos insetos, bela a sua grandeza.




Texto e imagem: Miriam Carmignan