Gato estressado
Desconheço gato que leve mais a sério o ditado “ cuidado, a curiosidade matou o gato”, do que o nosso bichano mais velho, o Kiko-Deim.
O gato está sempre com as orelhas em pé, se assusta com qualquer barulho ou voz mais forte. Com a tal da obra com tudo dentro , por exemplo, tivemos que montar toda uma estratégia para ele ficar mais tranquilo – espaço preparado com comida água e caixa de areia. Enquanto os cinzinhas Faísca e Filó se viram no caos, o tal gato branco de olhos azuis vive estressado.
Tentando livra-lo um pouco desse ambiente, seu humano protetor resolveu leva-lo pra passar uns dias na casa da praia. Como se faz pra viajar com uma criatura cheia de medo (acho que tem a síndrome do pânico)? Se administra umas gotinhas mágicas, conforme orientação da veterinária, coloca ele na caixa de transporte e tudo vai dar certo.
Chegando na casa, lugar totalmente estranho, como Deim se comportou? Passou parte do tempo em baixo das camas, explorou muito pouco os lugares da casa, mas no último dia da estada, depois de muita insistência o bichano resolveu se aventurar na rua. Saiu todo espiado, cheirou o carro e mais umas coisinhas e voltou rapidinho pra dentro. Tempo de aventura? Não mais que dois minutos.
Lembrei das férias escolares. Se Deim tivesse que fazer uma composição (redação, para os mais modernos) quantas linhas usaria para descrever suas férias? Também me pergunto: como será que ele contaria aos cinzinhas esta sua viagem?
A verdade é que nesse tempo fora de casa, o Kiko-Deim não exercitou muito a curiosidade natural dos gatos, mas acho que descansou bastante. Na verdade curiosidade pra que, se gatos podem ficar deitados de boa.
Ah, esses bichinhos!